Seul mantém vigilância após 25 mísseis da Coreia do Norte
O exército da Coreia do Sul "mantém uma estreita vigilância" diante da possibilidade de futuras "provocações" da Coreia do Norte, que no domingo lançou ao mar 25 mísseis de curto alcance a partir de sua costa oriental, informou o Ministério da Defesa de Seul.
"Nossas Forças Armadas vigiam de perto os movimentos do exército norte-coreano para ver se há novas provocações", afirmou à agência EFE um porta-voz da defesa sul-coreana.
O porta-voz destacou que os militares da Coreia do Sul "mantêm uma alta preparação diante de qualquer situação que possa surgir" depois de o país comunista realizar quatro testes de mísseis de curto alcance nas últimas três semanas.
Ontem o regime de Kim Jong-un lançou ao mar 25 deles em três rodízios a partir de um ponto próximo à cidade de Wonsan, no extremo oriente do país.
Acredita-se que os mísseis correspondem ao projeto soviético FROG (acrônimo com o qual a Otan batizou esta série de projéteis de curto alcance) empregados pelo exército norte-coreano desde a década de 60 e que têm alcance máximo de cerca de 70 quilômetros.
Após os últimos lançamentos norte-coreanos, tanto Coreia do Sul como EUA exigiram que o país comunista deixasse de realizar este tipo de ações, avaliadas por eles "provocadoras e que elevam a tensão" na península coreana.
Nestes dias Seul e Washington realizam seu exercício conjunto anual, Foal Eagle, em território sul-coreano com a participação de 7.500 militares americanos. Os lançamentos de projéteis de curto alcance foram considerados uma reação de Pyongyang a estas manobras, "um ensaio para a invasão" de seu país.
No ano passado a Coreia do Norte respondeu aos exercícios dos aliados com uma campanha de hostilidades sem precedentes que elevou a tensão ao máximo, com ameaças de guerra quase diárias.
Assim, a análise é que os lançamentos de mísseis deste ano são uma resposta mais moderada, em um ambiente marcado pelo aparente início de uma etapa de reconciliação entre Norte e Sul. Os dois países permanecem tecnicamente rompidos desde a Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo.