A ex-primeira-ministra da Tailândia Yingluck Shinawatra, destituída há duas semanas pela Justiça do país, compareceu nesta sexta-feira a uma base militar em Bangcoc após ser intimada pela junta que ontem tomou o poder em um golpe de Estado.
Yingluck chegou às instalações, onde são esperadas mais de 100 pessoas que também foram intimadas pelo militares, entre elas membros de sua família, seu partido político e os líderes dos manifestantes, informou o grupo de comunicação estatal MCOT.
Entre os que já compareceram à reunião do Exército está o sucessor de Yingluck, Niwatthamrong Bonsongpaisan, que se encontrava em paradeiro desconhecido desde o golpe.
Também chegou ao recinto militar o ex-primeiro-ministro em 2008 pelo mesmo partido político de Yingluck, Somchai Wongsabat, informou pelo Twitter um repórter do Canal 3, cujas transmissões, assim como as das outras emissoras de rádio e televisão, estão suspensas.
Somchai chegou acompanhado de sua mulher, Yaowapa, irmã de Yingluck e do líder do clã, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto no último golpe, em 2006, que originou a atual crise política e que vive no exílio em Dubai, nos Emirados Árabes.
As intimações, que levarão a uma ordem de detenção se não forem respeitadas, foram feitas pouco antes de o chefe do Exército, o general Prayuth Chan-ocha, se autoproclamar primeiro-ministro interino.
Proibição de deixar o país
Além da convocação de membros do governo deposto, a junta militar que tomou o poder anunciou nesta sexta-feira que proibiu 155 pessoas, incluindo Yingluck Shinawatra, de deixar o território.
"No total, 155 pessoas foram proibidas de viajar ao exterior, salvo autorização" do novo regime militar, "para manter a paz e a ordem", declarou um porta-voz militar na televisão.
Portanto, Yingluck não poderá se reunir com seu irmão Thaksin Shinawatra, exilado depois de ter sido vítima de um golpe em 2006, e condenado posteriormente por desvio de fundos.
Com informações da AFP.
Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
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Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
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O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
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Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
Foto: Reuters
Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia