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Ásia

Tailândia: manifestantes contrários ao golpe fazem protesto

24 mai 2014 - 06h34
(atualizado às 06h39)
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Soldado observa grupo de manifestantes em protesto contra o golpe militar na capital Bangcoc
Soldado observa grupo de manifestantes em protesto contra o golpe militar na capital Bangcoc
Foto: AP

Centenas de tailandeses se reuniram neste sábado para se manifestar em Bangcoc contra o golpe de Estado no país, enquanto alguns movimentos populares convocam novos protestos, mesmo com a proibição decretada pela junta militar.

Os manifestantes se concentraram diante de um centro comercial no norte da capital onde pediram a realização de eleições e mostraram cartazes com palavras de ordem como: "levem o golpe para os quartéis, devolvam o poder ao povo".

Vários soldados - equipados com material antidistúrbios - tentaram, sem sucesso, dispersar os manifestantes, que responderam com vaias aos militares que, por sua vez, evitaram o uso da força.

As pessoas dispersaram depois das ameaças dos militares de realizar detenções por violação da lei marcial, que proíbe as concentrações públicas de mais de cinco indivíduos, segundo o jornal The Nation.

No entanto, os manifestantes convocaram outro protesto para mais tarde e pediram a participação da população em outras concentrações em outros pontos da capital.

Grupos de cidadãos começaram a se manifestar contra o golpe ainda na quinta-feira, logo depois da tomada de poder pelos militares, e ontem renuíram dezenas de pessoas no distrito comercial de Bangcoc, onde cinco manifestantes foram presos depois de confrontarem os militares.

A junta militar também mantém sob custódia 150 políticos, membros do governo deposto e ativistas, entre eles, a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e mais 22 membros de seu clã familiar e político.

Todos eles foram detidos depois que se apresentaram às autoridades militares, que hoje intimaram outras 35 pessoas, entre elas vários intelectuais e ativistas favoráveis à democracia e contrários à lei de "lesada altivez" - que pune o crime de difamação da Casa Real com penas de três a 15 anos de reclusão - e os ameaçou de prisão em caso de não comparecimento.

Foto: AFP

EFE   
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