A junta militar que governa a Tailândia vai distribuir ingressos de cinema no fim de semana para promover o "amor e a harmonia", disse um porta-voz da junta nesta quarta-feira, em seu último esforço para conquistar os corações e as mentes da população depois de ter dado um golpe de Estado em maio.
O chefe do Exército da Tailândia, general Prayuth Chan-ocha, tomou o poder em 22 de maio depois de seis meses de agitação política no país, incluindo violência esporádica que deixou pelo menos 28 mortos e centenas de feridos.
O golpe foi o último episódio de uma década de conflito entre os monarquistas com base em Bangcoc e os partidários da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e seu irmão, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, os quais têm forte apoio no meio rural. Depois de tomar o poder, os militares vêm procurando silenciar os críticos.
Os ativistas contra a intervenção militar vêm promovendo protestos instantâneos e leituras silenciosas da obra "1984", de George Orwell, em shopping centers, mas o número de participantes vem diminuindo nos últimos dias.
Dias depois de tomar o poder, a junta lançou uma campanha intitulada "Devolva a Felicidade à Tailândia", a qual inclui shows gratuitos e festivais de comida, num esforço para ganhar apoio popular.
Os ingressos gratuitos são para o filme "A Lenda do Rei Naseruan Parte V", sobre a história de um rei do Sião --antigo nome da Tailândia--, que governou de 1590 a 1605. O filme adota um tom nacionalista e explora com força o tema do autossacrifício e amor patriótico. Os primeiros da série tiveram algumas das maiores bilheterias na história do cinema local.
"Nós precisamos que os tailandeses compreendam os sacrifícios feitos pelos monarcas no passado, o sacrifício dos tailandeses e a unidade dos tailandeses no passado", disse o porta-voz do Exército, Winthal Suvaree, a repórteres nesta quarta-feira. "Assim os tailandeses de hoje terão amor e harmonia depois de muitos anos de divisões políticas".
Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
Foto: Reuters
Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
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O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
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Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
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Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia
Foto: Reuters
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