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Ásia

Talibãs que atacaram a jovem Malala Yousafzai são detidos

Dois anos depois, a detenção dos 10 homens foi possível graças a uma operação conjunta do exército, da polícia e dos serviços de inteligência

12 set 2014 - 09h47
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<p>Malala sofreu um atentado em 2012 por defender a educa&ccedil;&atilde;o de meninas&nbsp;</p>
Malala sofreu um atentado em 2012 por defender a educação de meninas 
Foto: EFE

O exército paquistanês anunciou nesta sexta-feira a detenção dos insurgentes islamitas que tentaram matar a estudante paquistanesa Malala Yousafzai no noroeste do país em 2012.

Os talibãs haviam disparado na cabeça da jovem militante, que conseguiu se recuperar e prosseguiu com sua luta em defesa do direito das meninas à educação, ganhando, assim, um amplo reconhecimento internacional.

A detenção dos 10 homens foi possível graças a uma operação conjunta do exército, da polícia e dos serviços de inteligência no âmbito da ofensiva que as forças armadas paquistanesas realizam contra os Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) e outros grupos extremistas.

"O grupo que participou do ataque a Malala Yousafzai foi detido", anunciou o general Asim Bajwa em uma coletiva de imprensa, indicando que os homens formavam parte do TTP e que o plano para assassinar Malala procedia do atual líder do grupo, Maulana Fazlullah.

Depois de sobreviver ao ataque, Malala foi levada ao Reino Unido para receber tratamento, onde vive agora com sua família.

Sua recuperação e defesa do direito à educação das meninas valeram a ela o prêmio Sakharov de Direitos Humanos concedido pelo Parlamento europeu, e sua indicação ao Prêmio Nobel da Paz.

O discurso que fez ante a Assembleia Geral das Nações Unidas em julho do ano passado, no qual afirmou que nunca será silenciada, foi recebido com muitos aplausos.

Malala já havia se tornado conhecida em 2009, com apenas 11 anos, com um blog para o serviço em urdu da BBC no qual contava a vida sob o governo dos talibãs no Vale do Swat, no noroeste do Paquistão, onde vivia.

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