Os torcedores tailandeses que esperam assistir a jogos da Copa do Mundo em um bar tomando uma cerveja podem não ter alternativa a não ser ficar em casa, após o governo militar afirmar nesta quinta-feira que o toque de recolher deve continuar em vigor durante o mês da competição.
Os militares tomaram o poder em 22 de maio e determinaram o toque de recolher. A ordem foi suspensa em algumas áreas turísticas, mas continua valendo entre a meia-noite e as quatro da manhã na maior parte do país, e muitos dos jogos do Mundial no Brasil, que começa em 12 de junho, têm o pontapé inicial a essa hora ou um pouco antes, pelo horário da Tailândia.
"Durante esse período, nossa prioridade é a segurança", disse o porta-voz para a Conselho Nacional de Paz e Ordem Winthai Suvaree, a jornalistas.
"Vamos considerar uma suspensão, mas queremos que o público entenda que durante esse período eles devem assistir ao Mundial em casa e não em restaurantes."
Isso será uma decepção para os fanáticos torcedores de futebol tailandeses, boa parte dos quais assistiu às transmissões dos jogos da Copa de 2010 na África do Sul em um dos vários telões espalhados durante a competição.
A medida também será de pouca ajuda na campanha de relações públicas conduzida pelos generais com o objetivo de "promover a união e a felicidade" em um país há anos assolado por divisões políticas.
Protestos contra o golpe têm ocorrido todos os dias, mas as rígidas regras impostas pelos militares, incluindo a proibição de reuniões políticas com mais de cinco pessoas, levaram à diminuição da participação em manifestações.
Na quarta-feira, o Exército organizou um evento chamado "Devolva a Felicidade ao Público", no Monumento à Vitória, em Bangcoc, com comida de rua, música e mulheres com fardas militares posando para fotos com o público.
Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
Foto: Reuters
Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
Foto: Reuters
O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
Foto: Reuters
Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
Foto: Reuters
Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia
Foto: Reuters
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