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Ásia

Tufão força milhares a deixar suas casas nas Filipinas

Escolas foram fechadas e voos cancelados

15 jul 2014 - 12h02
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<p>Moradores cruzam&nbsp;uma estrada inundada em Mindanao, nas Filipinas, em&nbsp;15 de julho</p>
Moradores cruzam uma estrada inundada em Mindanao, nas Filipinas, em 15 de julho
Foto: Jeoffrey Maitem / Getty Images

Milhares de pessoas fugiram de suas casas nas Filipinas nesta terça-feira por causa da chegada do tufão mais forte a atingir o país neste ano. Ele arrancou árvores e provocou queda da energia elétrica ao dirigir-se diretamente à capital, Manila.

O tufão Rammasun, com rajadas de até 160 quilômetros por hora e ventos constantes de 130 quilômetros por hora perto de seu epicentro, tocou terra na ilha de Rapu-Rapu, na província oriental de Sorsogon, disse a agência climática local.

O tufão deve cruzar a principal ilha das Filipinas, Luzón, com uma velocidade de 19 quilômetros por hora e o olho da tempestade provavelmente atingirá a capital no começo da manhã de quarta-feira (horário local).

“O vento é muito forte, estamos realmente sendo castigados”, disse Joey Salceda, governador da província de Albay, em uma entrevista na televisão, acrescentando prever grandes perdas econômicas, em vez de mortes.

A província ordenou o esvaziamento de áreas costeiras e de baixa altitude, assim como vilas com riscos de deslizamentos.

A Tropical Storm Risk, que avalia a dimensão desse tipo de evento, elevou o Rammasun para tufão categoria três, em uma escala de um a cinco. Ele deve trazer chuvas de demoradas a intensas de até 20 mililitros por hora em um raio de 500 quilômetros.

É a tempestade mais forte a ameaçar o país desde o Haiyan, um “super tufão” de categoria cinco, que destruiu quase tudo em seu caminho ao cruzar o centro das Filipinas em novembro.

Autoridades da área de emergências disseram que pelo menos 300 mil pessoas haviam deixado suas casas apenas na província de Albay, e 6.000 passageiros de barcas ficaram confinados nos portos após a guarda costeira ter suspendido as viagens.

Cerca de 40 províncias, cidades e municípios da ilha de Luzón, incluindo a capital, suspenderam todas as atividades de escolas e faculdades. Trinta voos domésticos e internacionais foram cancelados, disse Alexander Pama, chefe da agência nacional de prevenção de desastres.

As províncias de Albay e Camarines Sur declararam estado de calamidade, segundo autoridades, o que lhes permitirá liberar fundos de ajuda à população.

O presidente Benigno Aquino disse que as forças armadas estavam em alerta total. “Eu reitero: o objetivo tem que ser minimizar vítimas e as dificuldades de nosso povo”, disse Aquino.

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