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Ásia

Tufão Neoguri se aproxima das principais ilhas do Japão

Alerta máximo foi reativado no extremo sul de Okinawa

9 jul 2014 - 11h47
(atualizado às 11h47)
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<p>O mar fica violento à medida que o tufão Neoguri se aproxima de Seogwipo, em Jeju, em 09 de julho</p><p> </p>
O mar fica violento à medida que o tufão Neoguri se aproxima de Seogwipo, em Jeju, em 09 de julho
Foto: Lee Sang-min / Reuters

O alerta especial por risco de violentas chuvas foi reativado na manhã desta quarta-feira para a região sul do Japão, enquanto o potente tufão Neoguri se dirigia às ilhas principais do arquipélago, mais a nordeste.

Às 07h21 locais (19h31 de Brasília de terça-feira), a Agência Nacional de Meteorologia lançava uma nova advertência máxima para uma parte de Okinawa (extremo sul) pouco depois de diminuir o nível de alerta no conjunto do território.

A agência avisa que existem riscos muito grandes de deslizamentos de terra, inundações e outros desastres nestas ilhas do extremo sul do Japão, onde 32 pessoas ficaram feridas entre terça-feira e a manhã desta quarta-feira.

"Em alguns lugares chove com uma violência sem precedentes, é uma situação extremamente perigosa. Sigam os sinais das autoridades, protejam-se", declarou um funcionário da Agência meteorológica em uma coletiva de imprensa.

Okinawa esteve em alerta especial desde a noite de segunda-feira até a madrugada desta quarta-feira.

"É muito importante não permanecer no exterior e encontrar um lugar seguro porque os terrenos e certos edifícios encontram-se enfraquecidos pelas chuvas anteriores e pelas rajadas de vento de mais de 250 km/h", comentou um especialista da televisão pública NHK. As chuvas têm um volume excepcional.

Em Okinawa seguiam caindo chuvas torrenciais, embora o tufão tenha se afastado desta região meridional para se aproximar das ilhas principais do Japão (Kyushu, Shikoku, Honshu e Hokkaido ao norte), que se encontram a centenas de quilômetros de distância.

Vários cursos de água superaram em muito o nível de alerta e também aumentam os riscos de tornados, em geral muito destrutivos, adverte também a agência.

<p>Parte de uma estrada de Yomitan, em Okinawa, ficou submersa após um rio transbordar em consequência do tufão Neoguri, em 9 de julho</p>
Parte de uma estrada de Yomitan, em Okinawa, ficou submersa após um rio transbordar em consequência do tufão Neoguri, em 9 de julho
Foto: Ryukyu Shimpo via Kyodo News / AP

Trezentas mil pessoas receberam a recomendação de se refugiar em edifícios públicos na manhã desta quarta-feira na região de Okinawa, depois de um aviso semelhante envolver 590.000 pessoas na terça-feira.

Alguns dos voos com partida e destino em Okinawa eram cancelados nesta quarta-feira.

Os efeitos do tufão Neoguri eram muito notados em todo o sudoeste (Kyushu, Shikoku e a ponta de Honshu), em parte atingido pela chuva desde segunda-feira.

Este ciclone tropical, um pouco debilitado, estava nesta quarta-feira às 20h00 locais (08h00 de Brasília) no oeste da ilha Kyushu.

"Não apenas é grande e potente, mas se desloca lentamente (15 km/h), o que aumenta os riscos", ressaltou um especialista da Nippon TV. "Neoguri se enfraqueceu um pouco, mas continua sendo uma intempérie perigosa", acrescentou.

A agência meteorológica previa que o centro do tufão chegaria a Kyushu na manhã de quinta-feira e disse que permanecerá por bastante tempo na região de Kagoshima, já inundada por trombas d'água há 24 horas.

"O ponto máximo será na manhã de quinta-feira", dizia na televisão um habitante da região.

As autoridades de Kagoshima preparavam nesta quarta-feira cerca de 200 centros de acolhida devido à possibilidade de emissão de ordens de evacuação.

Já alertou cerca de 833.000 habitantes para que se preparassem para abandonar suas casas, por vontade própria ou à força, nas próximas horas.

As fortes chuvas deixaram dois mortos, em Kochi (Shikuko) e Kumamoto (Kyushu).

Nesta quarta-feira, quase 90% do território japonês era afetado por uma advertência ou alerta diante das precipitações, ventos, tempestades e ondas relacionadas ao tufão.

O tufão também provocava violentas chuvas na região de Niigata (noroeste) com os mesmos riscos de inundações e deslizamentos de terra. Milhares de lares na região receberam recomendações de evacuação.

Na província central de Nagano, um menino de 12 anos morreu em um deslizamento de terra que deixou sua família soterrada, segundo a rede NHK.

O Japão está acostumado a sofrer todos os anos ciclones tropicais, mas raras vezes eles são tão violentos no mês de julho.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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