Turquia nega pagamento de resgate pela libertação de reféns
Segundo o presidente Tayyip Erdogan, o retorno das 49 vítimas do Estado Islâmico foi resultado de negociações diplomáticas
O presidente turco Tayyip Erdogan afirmou neste domingo que nenhum resgate foi pago pela libertação de reféns turcos mantidos pelo Estado Islâmico no Iraque e que isso foi resultado de negociações diplomáticas e políticas.
Agentes da inteligência turca levaram 49 reféns sequestrados por militantes do Estado Islâmicos no norte do Iraque de volta à Turquia no sábado após mais de três meses, no que Erdogan descreveu como uma operação de resgate secreta.
"Uma negociação material está totalmente descartada.Esse é um sucesso diplomático", disse ele antes de viajar para a Assembléia Geral da ONU.
Perguntado se os cidadãos turcos, sequestrados em junho em Mossul pelo EI, foram trocados por jihadistas presos na Turquia, Erdogan disse que "inclusive se efetivamente houve tal troca", o importante era o retorno dos reféns.
"Pode ter ocorrido uma troca ou não. O resultado é que nossos 49 cidadãos e funcionários voltaram para a Turquia. Sou o presidente e tenho que cuidar para que não passe nada como nossos cidadãos", disse Erdogan.
O presidente explicou que a operação foi realizada integralmente pelo serviço secreto turco, conhecido como MIT. Horas antes, o chefe do MIT, Hakan Fidan, tinha afirmado que a libertação foi feita "sem nem um tiro" e "graças à paciência, à inteligência e à determinação".
Os reféns, incluindo o cônsul-geral da Turquia, filhos de diplomatas e soldados de forças especiais, foram sequestrados no consulado turco em Mossul em 11 de junho durante avanço dos insurgentes sunitas.
Erdogan foi hoje para Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Com informações da Reuters e EFE.