Universidade sul-coreana veta docentes fumantes e gays
Professores devem ser cristãos evangélicos e participar da missa regularmente para não perder seu trabalho
Uma universidade evangélica da Coreia do Sul proibiu explicitamente "fumantes, pessoas que ingerem bebida alcóolica e homossexuais" de concorrer a uma oferta de trabalho para professores estrangeiros, o que gerou polêmica nesta quinta-feira no país asiático.
"Proibido beber, fumar e homossexualismo", diz o anúncio divulgado na terça-feira em inglês em vários sites locais para uma vaga de docente na Universidade Nazarena da Coreia, localizada em Cheonan, a 80 km de Seul.
A polêmica começou quando o site sul-coreano "The Korea Observer" publicou o aviso da Universidade Nazarena, famosa no país por anteriores ações vinculadas ao extremismo religioso como um protesto contra o show da cantora americana Lady Gaga em Seul em 2012.
Um representante da Universidade entrevistado pelo site reafirmou a posição do centro acadêmico ao defender que este é livre para estabelecer seus próprios requisitos.
Além disso, o representante foi além ao assegurar que todos os professores devem ser cristãos evangélicos e participar da missa regularmente para não perder seu trabalho e que os fumantes e homossexuais no campus -sejam docentes ou não- serão expulsos de maneira fulminante.
Por sua vez, organizações defensoras dos direitos de gays e lésbicas da Coreia do Sul consultadas expressaram decepção pela discriminatória oferta de trabalho, embora não anteciparam se tomarão medidas legais contra seus autores.
A Universidade Nazarena da Coreia foi uma das instigadoras dos protestos para impedir a realização do show de Lady Gaga em abril de 2012, ao considerar que suas canções corrompiam a juventude ao promover o homossexualismo.
Uma professora irlandesa recebeu um e-mail da Universidade negando sua entrada pela "natureza alcoolica" de pessoas do país.
Email sent to Kerry teacher rejected for job in South Korea because of "alcoholism nature" of Irish people #facepalm pic.twitter.com/l4yty0iFjZ
— The Irish News (@irish_news) 6 novembro 2014