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Ásia

Violência no Iêmen mata mais de 10; TV estatal é incendiada

Por causa dos confrontos, todas as escolas foram fechadas

20 set 2014 - 15h25
(atualizado às 15h26)
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<p>Fumaça sobe de uma área residencial perto da sede da televisão estatal do Iêmen, durante um ataque de rebeldes xiitas, em Sana, em 20 de setembro</p>
Fumaça sobe de uma área residencial perto da sede da televisão estatal do Iêmen, durante um ataque de rebeldes xiitas, em Sana, em 20 de setembro
Foto: Khaled Abdullah / Reuters

Mais de dez pessoas morreram neste sábado em bombardeios e combates entre o Exército do Iêmen e os rebeldes houthis em Sana, a capital do país árabe, onde a sede da emissora de televisão oficial foi parcialmente incendiada.

A Agência Efe constatou que em um hospital da capital havia pelo menos sete corpos, enquanto fontes médicas informaram que outras seis pessoas morreram em um bombardeio sobre um mercado no bairro de Al Yaraf.

No bairro estão localizados os escritórios da emissora nacional do Iêmen, que vem sendo alvo dos ataques dos combatentes houthis desde a última quinta-feira. Hoje era possível ver colunas de fumaça saindo dos edifícios da rede de televisão.

Além disso, os enfrentamentos se estenderam até as cercanias do Ministério do Interior, que fica no distrito de Al Hasaba.

Outro local de combates é o quartel da 6ª Região Militar, o mais importante de Sana e que vem sendo alvo da investida dos houthis desde ontem.

Os rebeldes xiitas consideram que as forças que estão nesse quartel são leais ao general Ali Mohsen al Ahmar, arqui-inimigo dos houthis e simpatizante do partido sunita Reforma Islâmica.

A escalada da violência causou a suspensão das aulas na Universidade de Sana e em outros quatro centros privados nas proximidades.

O Ministério da Educação anunciou que todas as escolas permanecerão fechadas a partir de amanhã e até segunda ordem.

Além disso, dezenas de famílias foram obrigadas a deixar seus lares e fugiram para outras áreas mais seguras na capital e em outras cidades.

O enviado da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, que pediu ontem um cessar-fogo "imediato", mantém uma reunião com o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, para promover um acordo para acabar com o conflito.

Desde o começo da crise no mês passado foram várias as tentativas para se chegar a um acordo entre as partes, mas todos fracassaram.

Os houthis exigem a formação de um novo governo, no qual eles tenham representação, e o restabelecimento dos subsídios aos combustíveis, mas para as autoridades essas exigências são apenas uma fachada para suas tentativas de obter mais poder.

O próprio Hadi denunciou ontem que a ofensiva dos últimos dias demonstra que os houthis querem "derrubar o Estado".

Após pegar em armas em 2004, os insurgentes xiitas controlam desde 2010 a província de Saada, no norte do país, e vem tentando ampliar as zonas sob seu domínio há meses.

EFE   
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