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Assassino da jornalista sueca Kim Wall confessa crime

Peter Madsen fez revelação em documentário para TV

9 set 2020 - 08h49
(atualizado às 08h58)
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O dinamarquês Peter Madsen confessou em público, pela primeira vez, que assassinou a jornalista Kim Wall em seu submarino em agosto de 2017. A fala foi feita durante a exibição de um documentário divulgado nesta quarta-feira (09) na Dinamarca.

Kim Wall foi torturada e assassinada em agosto de 2017
Kim Wall foi torturada e assassinada em agosto de 2017
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Ao ser questionado por um jornalista se tinha matado Wall, o inventor de 49 anos respondeu que "só há um culpado e sou eu". Madsen foi condenado à prisão perpétua em abril de 2018, mas nunca tinha assumido o crime brutal publicamente.

A jornalista de 30 anos foi torturada e morta dentro do submarino criado por ele, o Nautilus, enquanto estava produzindo uma matéria sobre a invenção de Madsen no dia 10 de agosto de 2017. Como ela não enviou e não respondeu mais nenhuma comunicação, o companheiro e os familiares da repórter acionaram a polícia.

Segundo os dados da autópsia, os membros e a cabeça foram "deliberadamente" retirados do torso e lançados ao mar e partes do corpo foram encontradas no mar de Oresund, entre a Dinamarca e a Suécia.

Os legistas conseguiram identificar ao menos 14 lesões apenas na área pélvica, o que configura que Wall foi estuprada ainda em vida e, como não foi possível determinar a causa da morte, os médicos informaram que os pulmões dela apresentavam lesões semelhantes às causadas por "asfixia mecânica" por estrangulamento.

Madsen foi preso como principal suspeito e sempre negou o crime, que a princípio foi tratado como culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, como ele deu duas versões diferentes sobre o que aconteceu e como o seu submarino foi encontrado afundado e vazio, os investigadores acusaram o dinamarquês de assassinato doloso.

No julgamento, ele negou ter matado a jornalista, mas disse que mutilou o corpo e o jogou no mar. Madsen foi condenado à perpétua pelos crimes de assassinato, profanação de cadáver e agressão sexual. .

Ansa - Brasil
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