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Assassino em massa norueguês que alegava ‘condições desumanas’ na prisão perde o processo

Neonazista matou 77 pessoas, a maioria adolescentes, em um atentado a bomba e ataque a tiros em 2011

15 fev 2024 - 14h37
(atualizado às 15h03)
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Anders Behring Breivik participa de audiência na prisão de Ringerike
Anders Behring Breivik participa de audiência na prisão de Ringerike
Foto: Cornelius Poppe/Reuters

O assassino em massa norueguês Anders Behring Breivik perdeu o caso contra o Estado em sua tentativa de acabar com seu isolamento na prisão, depois de argumentar que seus direitos humanos estavam sendo violados, decidiu um tribunal nesta quinta-feira.

O fanático de extrema-direita, que matou 77 pessoas, a maioria adolescentes, em um atentado a bomba e ataque a tiros em 2011, processou o Estado em janeiro devido às condições de sua prisão.

Breivik testemunhou que estava arrependido pelo que havia feito e caiu em prantos ao dizer que sua vida no isolamento da prisão era um pesadelo que o fazia pensar em suicídio diariamente.

Um dia depois, um psicólogo que co-escreveu uma nova avaliação de risco sobre o assassino testemunhou que ele não estava deprimido nem tinha tendências suicidas e estava "muito bem".

"Em resumo, o tribunal chegou à conclusão de que não se pode dizer que as condições da sentença sejam, ou tenham sido, desproporcionalmente onerosas", afirmou a decisão do Tribunal Distrital de Oslo, deixando claro que não houve violação de seus direitos humanos.

Breivik recorrerá da decisão, disse seu advogado Oeystein Storrvik, acrescentando que os dois já haviam conversado sobre o resultado.

"Ele está desapontado com o veredicto. Ele está em isolamento há 12 anos e o alívio de sua situação é vital para seu bem-estar na prisão", disse Storrvik à Reuters.

Breivik está cumprindo uma sentença de 21 anos, a pena máxima na época de seus crimes, que pode ser estendida pelo tempo que ele for considerado uma ameaça à sociedade.

Ele tem sido mantido em isolamento desde que matou oito pessoas com um carro-bomba em Oslo e matou outras 69 na ilha de Utoeya, em 22 de julho de 2011.

O caso foi apresentado em janeiro na prisão de alta segurança de Breivik, situada às margens do lago Tyrifjorden, onde também fica Utoeya.

Um advogado que representa o governo disse que a prisão havia feito um bom trabalho ao lidar com Breivik.

"Isso mostra que o serviço penitenciário faz um trabalho minucioso, profissionalmente sólido e legalmente correto, ao considerar as condições que Breivik deveria ter", disse o advogado do governo, Andreas Hjetland, em um comunicado.

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