Assembleia Geral da ONU aprova resolução por cessar-fogo em Gaza
Decisão isola EUA e Israel, que resistiram; mais de 18 mil palestinos desde o início da guerra há 67 dias
Após 67 dias de guerra, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta terça-feira (12) a resolução que pede um "cessar-fogo humanitário imediato em Gaza".
No rascunho, expressa-se também a "grave preocupação com a situação humanitária catastrófica em Gaza", seguindo o texto rejeitado na sexta-feira (8) no Conselho de Segurança devido ao veto dos Estados Unidos.
A resolução obteve 153 votos a favor, incluindo o do Brasil, 10 contrários (incluindo Áustria, EUA, Israel) e 23 abstenções, incluindo Alemanha e Itália, enquanto a França votou a favor.
A Assembleia Geral da ONU já se reuniu em sessão extraordinária em 27 de outubro sobre a Faixa de Gaza, após quatro fracassos em 10 dias no Conselho de Segurança, aprovando um texto que pedia "um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e prolongado que levasse à cessação das hostilidades", apoiado por 120 países (enquanto 14 votaram contra, incluindo Estados Unidos e Israel, e outros 45 se abstiveram, incluindo a Itália).
Com a decisão, o aumenta o isolamento político de Israel e dos EUA no Palácio de Vidro.
- Mais de 18 mil palestinos morreram na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, sendo 7.729 crianças e 5.153 mulheres. Ao menos 49 mil pessoas ficaram feridas e mais de 7 mil estão desaparecidas, possivelmente soterrada entre os escombros de Gaza.
- Do lado israelense há 1. 200 mortos e aproximadamente 1.600 soldados feridos. Além disso, 138 reféns ainda estariam sob controle do Hamas.