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Astronauta da Apollo 11, Michael Collins, morre aos 90 anos

Considerado como o terceiro cosmonauta "esquecido" da missão histórica, Collins ficou sozinho no espaço durante mais de 21 horas

28 abr 2021 - 14h45
(atualizado às 14h56)
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Astronauta norte-americano, Michael Collins, em painel de discussão no 50º aniversário de lançamento da Apollo 11, em Cocoa Beach, Flórida, EUA 
16/07/2019 REUTERS/Joe Skipper/File Photo
Astronauta norte-americano, Michael Collins, em painel de discussão no 50º aniversário de lançamento da Apollo 11, em Cocoa Beach, Flórida, EUA 16/07/2019 REUTERS/Joe Skipper/File Photo
Foto: Reuters

O astronauta norte-americano Michael Collins, que ficou no módulo de comando da Apollo 11 no dia 20 de julho de 1969 enquanto Neil Armstrong e Buzz Aldrin viajavam à superfície lunar para se tornarem os primeiros humanos a caminharem na lua, morreu nesta quarta-feira (28), aos 90 anos, informou a família.

Um comunicado da família disse que Collins morreu de câncer. Descrito muitas vezes como o terceiro astronauta "esquecido" da missão histórica, Collins ficou sozinho durante mais de 21 horas até seus dois colegas voltarem ao módulo lunar. Ele perdeu contato com o controle da missão em Houston todas as vezes em que a espaçonave circundou o lado escuro da lua.

"Desde Adão, nenhum humano conheceu tanta solidão quanto Mike Collins", registrou o diário da missão, referindo-se à figura bíblica. Collins escreveu um relato de suas experiências na autobiografia de 1974 'Carrying the Fire', mas praticamente evitou qualquer tipo de vida pública.

"Sei que eu seria um mentiroso ou um tolo se dissesse que tenho o melhor dos três assentos da Apollo 11, mas posso dizer com verdade e equanimidade que estou perfeitamente satisfeito com o que tenho", disse Collins em comentários divulgados em 2009 pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa).

Ele evitou grande parte do frisson midiático com que os astronautas foram recebidos ao voltar à Terra, e mais tarde criticou muitas vezes o culto da celebridade. Sua lembrança mais forte da Apollo 11 foi contemplar a Terra, que ele disse parecer "frágil".

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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