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Ataque em Barcelona deixa 13 mortos e mais de 100 feridos

17 ago 2017 - 17h54
(atualizado às 18h01)
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Uma van atropelou um grupo de pessoas na avenida mais famosa de Barcelona nesta quinta-feira, matando 13 pessoas, em ataque que foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Funcionários forenses trabalham em local de ataque com van em Barcelona
  17/8/2017     REUTERS/Giselle Loots
Funcionários forenses trabalham em local de ataque com van em Barcelona 17/8/2017 REUTERS/Giselle Loots
Foto: Reuters

O governo da região espanhola da Catalunha informou que mais de 100 pessoas ficaram feridas e 13 morreram.

O chefe de governo da região, Carles Puigdemont, disse que duas pessoas foram presas. Ainda não estava claro quantos agressores estiveram envolvidos no ataque.

Testemunhas disseram que a van acelerou em zigue-zague em alta velocidade pela avenida Las Ramblas, coração turístico da cidade, derrubando pedestres e deixando corpos espalhados pelo chão.

A agência de notícias do Estado Islâmico, Amaq, informou: "Os perpetradores do ataque de Barcelona são soldados do Estado Islâmico e realizaram a operação em resposta a pedidos para alvejar Estados da coalizão", em referência a uma coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo militante sunita.

A reivindição não pôde ser imediatamente verificada.

Se o envolvimento dos militantes islâmicos for confirmado, seria o mais recente em uma série de ataques nos últimos 13 meses em que eles usaram veículos para levar carnificina às ruas das cidades europeias.

Esse modus operandi --brutal, mortal e muito difícil de evitar-- matou bem mais de 100 pessoas em Nice, Berlim, Londres e Estocolmo.

"Ouvi gritos e uma batida e então só vi a multidão correndo e essa van passando pelo meio das Ramblas, e soube imediatamente que era um ataque terrorista ou algo do tipo", disse a testemunha Tom Gueller à emissora britânica BBC.

"Não estava reduzindo. Estava simplesmente indo em frente pelo meio da multidão no meio das Ramblas."

Esse foi o ataque mais mortal na Espanha desde março de 2004, quando militantes islâmicos colocaram bombas em trens de passageiros em Madri, matando 191 pessoas e ferindo mais de 1.800.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse no Twitter que estava a caminho de Barcelona. "Coordenação máxima para prender os agressores, reforçar a segurança e atender a todos os afetados", afirmou.

A casa real espanhola informou no Twitter: "Eles são assassinos, nada mais do que criminosos que não nos aterrorizam. Toda a Espanha é Barcelona. Las Ramblas voltarão a ser de todos."

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou: "Os Estados Unidos condenam o ataque terrorista em Barcelona, Espanha, e farão o que for necessário para ajudar."

CORPOS NO CHÃO

O jornal La Vanguardia informou que um dos suspeitos foi morto em um tiroteio com policiais nos arredores de Barcelona, mas isso não foi confirmado.

A polícia catalã disse que um motorista atropelou dois policiais em um ponto de controle em Barcelona após o ataque com a van, mas não ficou claro se os incidentes estavam relacionados.

Imagens de telefones celulares mostraram vários corpos estendidos pelas Ramblas, alguns sem movimento. Equipes de socorro e transeuntes estavam ajudando algumas vítimas.

Ao redor das vítimas e dos socorristas, o boulevard estava deserto.

"Vimos uma van branca atropelar as pessoas. Vimos pessoas voando por causa da batida, também vimos três ciclistas voando", disse Ellen Vercamm, de férias em Barcelona, ao jornal El País.

Nas últimas semanas, pichações com ameaças contra turistas apareceram em Barcelona, que atrai ao menos 11 milhões de visitantes por ano.

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