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Ataque israelense mata 28 pessoas que estavam abrigadas em escola no centro de Gaza

10 out 2024 - 09h23
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Um ataque aéreo israelense a uma escola que abrigava pessoas deslocadas no centro de Gaza matou pelo menos 28 pessoas, incluindo mulheres e crianças, na quinta-feira, enquanto três hospitais no norte receberam avisos para retirada de pessoas do local, colocando em risco a vida dos pacientes, segundo médicos.

O ataque, no qual muitos outros ficaram feridos, aconteceu na cidade de Deir Al-Balah, onde um milhão de pessoas se abrigaram depois de fugir dos combates em outros lugares após mais de um ano de guerra.

Os militares israelenses disseram na quinta-feira que realizaram um "ataque preciso contra os terroristas", que tinham um centro de comando e controle instalado em uma escola.

"Esse é mais um exemplo do abuso sistemático da infraestrutura civil por parte da organização terrorista Hamas, em violação ao direito internacional", informou o comunicado militar.

O Hamas nega tais alegações. Os médicos disseram que outras 54 pessoas ficaram feridas na escola.

No norte do enclave, os militares israelenses estão avançando com uma ofensiva iniciada há seis dias, quando enviaram suas tropas para Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados históricos de Gaza, e para as cidades vizinhas de Beit Hanoun e Beit Lahiya.

Autoridades de saúde palestinas afirmam que pelo menos 130 pessoas foram mortas até o momento na operação, que, segundo Israel, tem como objetivo evitar que o Hamas se reagrupe.

Os militares pediram aos residentes que deixassem uma área na qual a ONU estima que mais de 400.000 pessoas estejam presas.

As autoridades de saúde disseram que, na quarta-feira, os militares israelenses deram aos pacientes e médicos 24 horas para deixarem os hospitais Indonesian, Al-Awda e Kamal Adwan ou correriam o risco de serem invadidos, como aconteceu no início da guerra no Hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza.

Israel, que ainda não comentou sobre as ordens de retirada de instalações médicas, disse que o Hamas tem instalações de comando nos hospitais, o que o grupo nega.

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