Ataque israelense no Líbano deixa 2 mortos, afirma Ministério da Saúde
Duas pessoas foram mortas em um ataque israelense na região do Vale do Bekaa, no Líbano, informou o Ministério da Saúde libanês na sexta-feira, depois que as Forças Armadas israelenses disseram ter atingido vários alvos do Hezbollah durante a noite no Vale do Bekaa e ao longo da fronteira sírio-libanesa.
Os militares israelenses disseram em um comunicado que os alvos incluíam uma instalação usada para o desenvolvimento de armas subterrâneas e outra ligada ao contrabando de armas para o Líbano a partir da vizinha Síria.
A declaração militar israelense não mencionou vítimas.
O Ministério da Saúde do Líbano informou que 10 pessoas também ficaram feridas. Seu número de mortos não faz distinção entre civis e combatentes.
O oficial do Hezbollah Ibrahim Moussawi condenou os ataques aéreos, chamando-os de "uma violação muito perigosa e uma agressão flagrante e explícita" e pediu ao Estado libanês que interrompa os ataques de Israel.
Os ataques foram os mais recentes de Israel no Líbano, apesar de um acordo de cessar-fogo firmado no final de novembro entre Israel e o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, que pôs fim a mais de um ano de combates entre os dois inimigos fortemente armados.
O acordo exige o desarmamento de todos os grupos armados no Líbano e diz que todas as "armas não autorizadas" e a infraestrutura militar devem ser desmanteladas, começando pelo sul do Líbano.
O Hezbollah, no entanto, tem insistido que o acordo se aplica exclusivamente ao sul do Líbano.
O acordo também exige que as tropas israelenses deixem o sul do Líbano em 60 dias, mas esse período foi prorrogado esta semana até 18 de fevereiro para dar mais tempo para que os soldados israelenses se retirem e para que as tropas libanesas sejam enviadas para a área.
Israel diz que o Líbano ainda não implementou totalmente os termos do acordo e também acusa especificamente o Hezbollah de violar o cessar-fogo.
