Ataque na Alemanha: polícia conversou com atirador semanas antes do atentado
O chefe de polícia de Hamburgo afirmou nesta sexta-feira (10) que agentes procuraram Philipp F. em fevereiro após receberem uma carta anônima demonstrando preocupação com a saúde mental do homem de 35 anos. De acordo com policiais, na ocasião, ele cooperou.
O homem que matou na quinta-feira (09) sete pessoas a tiros em Hamburgo, na Alemanha, foi visitado pela polícia no mês passado depois que uma denúncia levantou preocupações sobre sua saúde mental.
Identificado apenas como Philipp F., de 35 anos, o atirador tinha uma arma licenciada para fins esportivos.
Nesta sexta-feira (10), o chefe da polícia de Hamburgo, Ralf Martin Meyer, disse que os policiais procuraram o homem em fevereiro depois de receberem uma carta anônima alegando que ele "tinha uma raiva específica contra os crentes religiosos, em particular as Testemunhas de Jeová".
A carta também dizia que ele "podia estar sofrendo de uma doença mental, embora esta não tenha sido diagnosticada clinicamente".
A polícia afirma que Philipp cooperou com os policiais na ocasião. Meyer defendeu que, naquele momento, não havia uma base legal para justificar a retirada da licença da arma ou alguma outra medida mais drástica.
"O ponto principal é que uma dica anônima onde alguém diz que está preocupado que outra pessoa tenha uma doença psicológica não é por si só base para medidas do tipo", afirmou o chefe da polícia.
Vídeos da noite de quinta-feira (09) mostram o homem atirando pela janela. Depois, ele invadiu o prédio onde dezenas de pessoas se reuniam, disparando várias rajadas até atirar em si mesmo assim que a polícia chegou.
A polícia foi chamada por volta das 21h04 do horário local (17h04 no horário de Brasília) e chegou quatro minutos depois.