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Mundo

Ataque na Tailândia: o que se sabe sobre tiroteio em creche que deixou dezenas de mortos

Ex-policial invadiu creche na província de Nong Bua Lamphu nesta quinta-feira (06/10), matando mais de 30 pessoas — a maioria crianças.

6 out 2022 - 07h32
(atualizado às 23h38)
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Fachada da creche
Fachada da creche
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Pelo menos 37 pessoas — entre elas, 23 crianças — morreram nesta quinta-feira (06/10) durante um massacre em uma creche no nordeste da Tailândia.

A polícia afirma que o autor do ataque — um ex-policial, armado com uma espingarda, uma pistola e uma faca — cometeu suicídio e matou a própria família após fugir da cena do crime, na cidade de Utthai Sawan, província de Nong Bua Lamphu.

Algumas das crianças mortas tinham apenas dois anos e foram atacadas enquanto dormiam. Cerca de 12 pessoas ficaram feridas e foram levadas para o hospital local.

O ex-policial invadiu a creche por volta de 12h30 no horário local. Ele efetuou disparos com armas de fogo e esfaqueou as vítimas antes de fugir em uma caminhonete Toyota branca de quatro portas com placa de Bangkok.

A motivação do ataque ainda não está clara — e os detalhes do que aconteceu ainda estão sendo revelados.

Consternação na creche após o massacre
Consternação na creche após o massacre
Foto: Reuters / BBC News Brasil

A polícia afirmou que o ex-policial, identificado como Panya Kamrab, de 34 anos, foi demitido no ano passado por uso de drogas. E que ele teria ficado agitado ao chegar à creche e descobrir que seu filho não estava lá.

Em seguida, ele teria aberto fogo e jogado o carro contra um grupo de transeuntes, antes de voltar para casa, matar a esposa e o filho e se suicidar, segundo informou o porta-voz da polícia, Paisan Luesomboon.

"O atirador chegou por volta da hora do almoço e disparou primeiro contra quatro ou cinco funcionários da creche", contou Jidapa Boonsom, uma autoridade local que trabalhava nas proximidades, à agência de notícias Reuters.

Entre esses funcionários, estaria uma professora grávida de oito meses.

"A princípio, as pessoas pensaram que eram fogos de artifício", disse Boonsom, acrescentando que o atirador forçou a entrada em um quarto trancado onde as crianças estavam dormindo.

A diretora da escola, Nanticha Panchum, afirmou que o filho de Kamrab era aluno da creche, mas não aparecia havia um mês. O pai costumava levar o filho até a unidade e era sempre educado e conversador, ela disse.

Panchum acrescentou que normalmente há mais de 90 crianças no dia-a-dia da creche, mas nesta quinta-feira, pouco mais de 20 compareceram, devido ao mau tempo e à quebra de um ônibus escolar.

O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, descreveu o ataque como "um evento chocante" — e ordenou uma investigação imediata. Ele prestou suas "mais profundas condolências às famílias dos mortos e feridos".

De acordo com a polícia, o ex-policial morava na região e havia sido tenente-coronel da polícia antes de ser demitido no ano passado por uso de drogas.

Massacres deste tipo são raros na Tailândia, embora as taxas de posse de armas sejam relativamente altas para a região.

Armas ilegais também são comuns no país do sudeste asiático, segundo a agência de notícias Reuters.

Mapa da Tailândia mostrando onde ocorreu o massacre
Mapa da Tailândia mostrando onde ocorreu o massacre
Foto: BBC News Brasil

O ataque à creche aconteceu menos de um mês depois que um oficial do exército matou dois de seus colegas em uma base em Bangkok.

Em 2020, um soldado matou 29 pessoas e feriu outras dezenas na cidade de Nakhon Ratchasima.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63158005

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