Ataque russo com míssil atinge local a 500 metros de Zelensky e premiê da Grécia
Ao menos cinco pessoas foram mortas, segundo o porta-voz da Marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, quase foram atingidos por um míssil na cidade de Odessa, no sul ucraniano, na última quarta-feira (6). O projétil caiu a apenas 500 metros do comboio em que eles estavam. Ao menos cinco pessoas foram mortas pelo ataque, segundo o porta-voz da Marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk.
Embora os líderes não tenham sido feridos, Zelensky disse ter visto e ouvido a explosão. Em discurso na cidade, ele destacou que os soldados russos "não se importam onde atacam" e adiantou que ainda não tinha informações detalhadas sobre incidente, somente que havia "mortos e feridos".
O líder ucraniano argumentou, ainda, que seu país precisa se "defender em primeiro lugar" e argumentou que a "melhor maneira de fazer isso é com um sistema de defesa aérea", enfatizando a importância da ajuda de aliados no Ocidente.
"O mundo tem sistemas de defesa aérea suficientes e a capacidade de produzir armas para defesa", afirmou ele. "Armas são necessárias aqui para salvar vidas. São necessárias soluções, agora", completou.
O primeiro-ministro da Grécia, por sua vez, lembrou que a explosão ocorreu pouco após terem ouvido sirenes de ataques aéreos enquanto estavam em visita à cidade.
"Acho que para nós, isso é a lembrança mais vívida de que há uma guerra de verdade acontecendo aqui. Todo dia há guerra, que não afeta apenas a frente, os soldados, mas também os nossos inocentes concidadãos", afirmou Mitsotakis.
Zelensky faz frequentemente viagens de alto risco às linhas da frente e recebeu dezenas de líderes mundiais na Ucrânia ao longo de mais de dois anos de guerra com a Rússia, mas o ataque desta quarta-feira pode representar um dos episódios mais próximos do presidente.
Pronunciamento de Zelensky
Na sequência do ataque, Zelensky fez um apelo para que seus aliados ofereçam mais suporte à Ucrânia. "O mundo tem sistemas de defesa aérea suficientes e a capacidade de produzir armas para a defesa", disse em seu pronunciamento diário.
"Aqui, as armas são necessárias para salvar vidas. Soluções são necessárias agora - não algum dia, mas para as pessoas que sofrem ataques terroristas todos os dias e todas as noites".
Em meio ao episódio desta quarta, o governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, negocia com o Congresso americano a aprovar o pacote de ajuda de US$ 60 bilhões para a Ucrânia.
* Sob supervisão de Lilian Coelho
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