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'Ataques do Hamas não vieram do nada', diz Guterres; Israel pede renúncia de secretário-geral da ONU

Em discurso, secretário-geral destacou que ataques do Hamas não podem ser usados para justificar "uma punição coletiva ao povo palestino"

24 out 2023 - 18h36
(atualizado às 18h53)
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Criança que apareceu tremendo de medo em Gaza está bem, mostra jornalista:

O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, pediu a renúncia do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterrez. O pedido ocorre  após o discurso de Guterrez na abertura da reunião do Conselho de Segurança,  nesta terça-feira, 24.

Em sua fala, o secretário-geral, criticou duramente as violações do direito internacional humanitário cometidas por Israel nos ataques à Faixa de Gaza e destacou que os ataques do Hamas de 7 de outubro, embora, 'horrendos', não 'aconteceram do nada' e não podem ser usados para justificar uma "punição coletiva ao povo palestino".  

"Eu já condenei os atos horrendos e de terror cometidos em 7 de outubro pelo Hamas em Israel, nada pode justificar a ação deliberada de matar, machucar e sequestrar civis e de lançar mísseis contra alvos civis. Todos os reféns devem ser tratados com humanidade e liberados imediatamente [...] É importante reconhecer que os ataques do Hamas não ocorrerão do nada. O povo palestino está submetido há 56 anos de uma ocupação sufocante e tem visto sua terra devorada pouco a pouco por assentamentos [...] Mas as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas. E esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano", explicou Guterrez, que ainda defendeu um cessar-fogo imediato e a 'solução de dois estados', com a criação do estado palestino. 

"Estou profundamente preocupado com as claras violações do direito internacional humanitário que estamos a testemunhar em Gaza. Deixe-me ser claro: nenhuma parte num conflito armado está acima do direito internacional humanitário", explicou. 

O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, pediu a demissão do secretário. "O Secretário-Geral está completamente desligado da realidade na nossa região Não há justificativa nem sentido em falar com aqueles que mostram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu”, escreveu ele em sua conta no X, antigo Twitter. 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterrez
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterrez
Foto: Divulgação

Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, também rebateu as falas de Guterres destacando que 1,4 mil israelenses morreram e mais de 200 pessoas foram feitas reféns pelo Hamas. “Senhor secretário-geral, em que mundo você vive? Sem dúvida, esse não é o nosso mundo”, afirmou.

Desde o dia 7 de outubro mais de 5.700 palestinos foram mortos e mais de 16 mil foram feridos e ataques israelenses. 

Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas:

  • Desde o início do conflito, mais 5.791 palestinos morreram, sendo 2.360 crianças e 1.292 mulheres, e 16 mil ficaram feridos;  do lado israelense, 1.405 israelenses morreram, sendo 305 soldados e 57 policiais, e há amais de 5.431 feridos;
  • O Hamas é uma organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, mas não pela ONU;
  • A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
  • Os palestinos reivindicam a criação de seu estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948; 
  • Em 7 de outubro, o Hamas realiza a maior onda de ataques contra Israel;
  • Benjamin Netanyahu declara guerra ao Hamas e fala em destruir o grupo; 
  • Israel intensifica o bloqueio a Faixa de Gaza cortando o abastecimento de energia elétrica, combustível e água, criando uma crise humanitária sem precedentes em Gaza;
  • Hamas ameaça matar os reféns israelenses em retaliação à resposta militar israelense;
  • Entidades alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos usam carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
  • 1 milhão de palestinos deixaram as suas casas em busca de refúgio no sul de Gaza; a população total da Faixa de Gaza é de 2.3 milhões, sendo 47% crianças;
  • Bombardeio ao hospital Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza, deixou ao menos 500 mortos; Israel acusa Jihad Islâmica do bombardeio, grupo nega;
  • Representante palestino na ONU pede um cessar-fogo imediato;
  • Governo já repatriou mais de 1.135 brasileiros na operação Voltando em Paz;
  • Estados Unidos veta a resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU;
  • A terceira Igreja mais antiga do mundo, a Igreja de São Porfírio, localizada na Faixa de Gaza, foi bombardeada na noite de quinta-feira, 19;
  • Hamas já libertou ao menos 4 raféns negociação foi feita por intermédio do Catar; outros 200 seguem detidos em Gaza;
  • Mais de 100 camiões aguardam no lado egípcio da fronteira de Rafah para entrar em Gaza com ajuda humanitária; Fronteira foi aperta pela primeira vez apenas no sábado, dia 20.    

     

  • Israel x Hamas: os líderes e autoridades da guerra Israel x Hamas: os líderes e autoridades da guerra

Fonte: Redação Terra
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