Até agora não houve aumento do coronavírus em locais que reabriram, dizem EUA
Autoridades norte-americanas ainda não estão vendo aumento nos casos de coronavírus em locais que estão reabrindo, mas ainda é cedo para determinar essa tendência, disse o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, neste domingo.
"Estamos observando que em lugares que estão abrindo, não estamos vendo esse aumento nos casos", disse Azar no programa "State of the Union", da CNN. "Ainda vemos aumento em algumas áreas que estão fechadas."
No entanto, Azar afirmou que identificar e relatar novos casos leva tempo. Uma parte crítica da reabertura será a vigilância de sintomas semelhantes aos da gripe na população e outros dados de internações hospitalares, bem como o teste de indivíduos assintomáticos, segundo ele.
"Ainda é cedo", advertiu Azar em entrevista ao "Face the Nation", da CBS. Ele disse que os dados levarão algum tempo para chegar de Estados que reabriram cedo, como Geórgia e Flórida.
Quase todos os 50 Estados dos EUA começaram a permitir que alguns negócios reabram e os moradores se movam mais livremente, mas apenas 14 Estados cumpriram as diretrizes do governo federal para suspender medidas destinadas a combater a pandemia, segundo uma análise da Reuters.
Presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi disse ser impossível conhecer a trajetória do vírus, que matou quase 90 mil pessoas no país, sem mais testes.
"Não temos ideia do tamanho desse desafio para o nosso país, porque ainda não testamos o suficiente", afirmou Pelosi à CBS.
Lei aprovada pela Câmara dos Deputados na sexta-feira fornece as chaves para uma reabertura bem-sucedida: testes, rastreamento e tratamento, disse ela. Os republicanos classificaram o projeto como morto ao chegar ao Senado.
Os EUA ficaram muito atrás da maioria dos outros países em testes de coronavírus que as autoridades de saúde pública consideram essenciais para evitar novos surtos.
Azar colocou a responsabilidade nos governos locais em lidar com os planos de reabertura, no momento em que norte-americanos confinados começam a se reunir em bares, praias e parques.
"Essas são determinações muito localizadas. Não há uma fórmula única para reabrir, mas precisamos reabrir, porque não se trata de saúde versus economia. É saúde versus saúde", disse ele.
((Tradução Redação São Paulo; + 55 11 5644-7712))
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