Atirador da Geórgia havia sido questionado no ano passado por ameaças
O suspeito e seu pai foram entrevistados pelo Departamento do Xerife do Condado de Jackson; responsável afirmou que tinha armas de caça em casa, mas o aluno não tinha acesso não supervisionado a elas
Um aluno de 14 anos, suspeito de matar dois alunos e dois professores na Apalachee High School, na Geórgia, já havia sido questionado pela polícia no ano passado sobre ameaças. Segundo uma declaração conjunta do FBI de Atlanta e do Departamento do Xerife do Condado de Jackson, o aluno vinha sendo monitorado sobre "várias denúncias anônimas de ameaças online para cometer um tiroteio em uma escola em um local e horário não identificados".
O suspeito e seu pai foram entrevistados pelo departamento do xerife do condado. "O pai afirmou que tinha armas de caça em casa, mas o suspeito não tinha acesso não supervisionado a elas", dizia a declaração.
"O suspeito negou ter feito as ameaças online. O Condado de Jackson alertou as escolas locais para o monitoramento contínuo do suspeito. Naquele momento, não havia causa provável para prisão ou para tomar qualquer ação adicional por parte das autoridades locais, estaduais ou federais," acrescentou a declaração.
Um dos pontos cruciais na investigação atual é determinar como a "arma do tipo AR-platform" chegou até o jovem e, consequentemente, à escola. As ameaças online feitas pelo aluno incluíam fotografias de armas, segundo a declaração.
Investigações para determinar se há ameaças ativas
Durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (4), Chris Hosey, diretor da polícia da Geórgia, destacou que não há indícios de outras escolas como alvo potencial. Apesar disso, a investigação continua ativa, buscando "quaisquer pistas sobre possíveis cúmplices do atirador envolvidos neste incidente."
"Não há evidências de que algum outro atirador tenha estado envolvido neste incidente hoje," disse Hosey. "Não há evidências de uma lista de escolas sendo alvo," acrescentou o diretor da polícia. "No entanto, há muitas evidências sendo recuperadas e avaliadas."
"Estamos revisando tudo para determinar se há ameaças ativas a qualquer escola nesta área, neste condado e no estado da Geórgia, e continuaremos monitorando isso ao longo da investigação" afirmou.
Desde que as ameaças foram inicialmente descobertas, questiona-se onde poderia ter havido falhas na prevenção e se algo poderia ter sido feito para evitar a tragédia. As escolas e autoridades locais seguem revisando todos os elementos disponíveis para assegurar que nenhuma ameaça ativa exista ou se repita.
Ainda durante a coletiva, as autoridades informaram que os feridos estão estáveis e "vão se recuperar bem".
