Atirador de Toronto é identificado e polícia busca motivo após 2 mortes
O homem acusado de atirar em 15 pessoas e matar duas em um restaurante de rua em Toronto possuía doenças mentais sérias, informou sua família em comunicado nesta segunda-feira, enquanto a polícia busca um motivo para o ataque a tiros.
Menos de um dia após duas garotas, de 10 e 18 anos de idade, serem mortas e 13 outras pessoas ficarem feridas por um atirador, o suspeito foi identificado pela Unidade Especial de Investigações (SIU) como Faisal Hussain, um morador de Toronto de 29 anos. Ele foi encontrado morto pouco após o ataque a tiros, disseram autoridades.
"Nós não sabemos por que isto aconteceu", disse o chefe da polícia de Toronto, Mark Saunders, a repórteres nesta segunda-feira, acrescentando que não iria especular sobre o motivo do atirador. "É muito cedo para descartar qualquer coisa".
O suspeito, armado com um revólver, abriu fogo às 22h de domingo, no horário local, em uma faixa da avenida Danforth repleta de restaurantes e atrações familiares no bairro Greektown, informou a SIU.
"Estamos completamente devastados pelas notícias incompreensíveis de que nosso filho foi responsável pela violência sem sentido e perda de vidas", escreveu a família de Hussain em comunicado, acrescentando que ele possuía doenças mentais graves, assim como "psicose e depressão sua vida inteira".
"Fizemos nosso melhor para buscar ajuda para ele durante toda sua vida de lutas e sofrimento, nós nunca podíamos imaginar que este seria seu devastador e destrutivo fim", dizia o comunicado.
A polícia não identificou as duas garotas mortas no ataque. Um político local, Nathaniel Erskine-Smith, confirmou que a vítima de 18 anos era Reese Fallon, uma estudante que planejava estudar enfermagem.
O atirador trocou tiros com a polícia, fugiu e foi encontrado morto mais tarde, segundo a SIU, que investiga mortes e ferimentos envolvendo policiais.
Toronto está enfrentando um aumento acentuado nos episódios de violência com armas neste ano. Até o momento as mortes provocadas por armas saltaram de 26 para 53 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado, mostraram dados da polícia na semana passada, e o número de tiroteios subiu 13 por cento.
A cidade mobilizou cerca de 200 policiais desde 20 de julho em reação à onda recente de tiroteios, que as autoridades atribuem à violência entre gangues.
O prefeito de Toronto, John Tory, disse aos repórteres que a cidade tem um problema com armas, já que pessoas demais têm acesso fácil demais a elas.