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Atirador de Toronto é identificado e polícia busca motivo após 2 mortes

23 jul 2018 - 20h46
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O homem acusado de atirar em 15 pessoas e matar duas em um restaurante de rua em Toronto possuía doenças mentais sérias, informou sua família em comunicado nesta segunda-feira, enquanto a polícia busca um motivo para o ataque a tiros.

Policial em local de tiroteio em Toronto
 22/7/2018     REUTERS/Chris Helgren
Policial em local de tiroteio em Toronto 22/7/2018 REUTERS/Chris Helgren
Foto: Reuters

Menos de um dia após duas garotas, de 10 e 18 anos de idade, serem mortas e 13 outras pessoas ficarem feridas por um atirador, o suspeito foi identificado pela Unidade Especial de Investigações (SIU) como Faisal Hussain, um morador de Toronto de 29 anos. Ele foi encontrado morto pouco após o ataque a tiros, disseram autoridades.

    "Nós não sabemos por que isto aconteceu", disse o chefe da polícia de Toronto, Mark Saunders, a repórteres nesta segunda-feira, acrescentando que não iria especular sobre o motivo do atirador. "É muito cedo para descartar qualquer coisa".

    O suspeito, armado com um revólver, abriu fogo às 22h de domingo, no horário local, em uma faixa da avenida Danforth repleta de restaurantes e atrações familiares no bairro Greektown, informou a SIU.

    "Estamos completamente devastados pelas notícias incompreensíveis de que nosso filho foi responsável pela violência sem sentido e perda de vidas", escreveu a família de Hussain em comunicado, acrescentando que ele possuía doenças mentais graves, assim como "psicose e depressão sua vida inteira".

    "Fizemos nosso melhor para buscar ajuda para ele durante toda sua vida de lutas e sofrimento, nós nunca podíamos imaginar que este seria seu devastador e destrutivo fim", dizia o comunicado.

    A polícia não identificou as duas garotas mortas no ataque. Um político local, Nathaniel Erskine-Smith, confirmou que a vítima de 18 anos era Reese Fallon, uma estudante que planejava estudar enfermagem.

O atirador trocou tiros com a polícia, fugiu e foi encontrado morto mais tarde, segundo a SIU, que investiga mortes e ferimentos envolvendo policiais.

Toronto está enfrentando um aumento acentuado nos episódios de violência com armas neste ano. Até o momento as mortes provocadas por armas saltaram de 26 para 53 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado, mostraram dados da polícia na semana passada, e o número de tiroteios subiu 13 por cento.

A cidade mobilizou cerca de 200 policiais desde 20 de julho em reação à onda recente de tiroteios, que as autoridades atribuem à violência entre gangues.

O prefeito de Toronto, John Tory, disse aos repórteres que a cidade tem um problema com armas, já que pessoas demais têm acesso fácil demais a elas.

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