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Ativistas ocupam mansão de oligarca russo em Londres

A propriedade seria de Oleg Deripaska, bilionário russo alvo de sanções no Reino Unido

14 mar 2022 - 15h32
(atualizado às 16h12)
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Polícias britânicos observam manifestação em casa de bilionário
Polícias britânicos observam manifestação em casa de bilionário
Foto: Peter Nicholls / Reuters

Em um ato contra a guerra da Ucrânia, ativistas ocuparam uma mansão em Londres na madrugada desta segunda-feira, 14. A propriedade seria de Oleg Deripaska, bilionário russo alvo de sanções no Reino Unido.

Segundo a agência de notícias Reuters, a mansão amanheceu com uma bandeira ucraniana e uma faixa dizendo 'esta propriedade foi liberada'.

"Ao ocupar esta mansão, queremos mostrar solidariedade ao povo da Ucrânia, mas também ao povo da Rússia, que nunca concordou com essa loucura", disse o grupo, que coordenou a invasão. "Vocês ocupam a Ucrânia, nós ocupamos vocês."

A polícia britânica foi acionada até o local, uma região nobre de Londres que abriga diversas embaixadas. Os policiais informaram que entraram na mansão, mas que já não havia ninguém lá dentro.

Nas imagens da ocupação, os ativistas aparecem ocupando a sacada da mansão. "Continuamos conversando com os ocupantes, tentando garantir a segurança de todos”, disse a polícia.

Até por volta das 15h45, a mansão ainda estava ocupada.

Mansões poder virar abrigo a refugiados 

As casas e propriedades de oligarcas russos alvos de sanções podem ser usadas para abrigar refugiados da Ucrânia no Reino Unido, disse à BBC o secretário de habitação, Michael Gove. 

"Há uma barreira legal bastante alta para atravessar e não estamos falando de confisco permanente".

"Mas estamos dizendo: 'Você é alvo de sanções, está apoiando Putin, esta casa está aqui, você não tem o direito de usar ou lucrar com ela... Se podemos usá-la para ajudar os outros, vamos fazer isso", disse Gove. 

Desde o início da Guerra da Ucrânia, a Rússia tem sido alvo de várias sanções, na tentativa de pressionar o fim do conflito, que já dura 19 dias. Ao menos 636 civis morreram na Ucrânia até 13 de março, incluindo 46 crianças, segundo dados da ONU. 

Mas o número real de vítimas é provavelmente muito maior, disse a entidade, já que houve atrasos no recebimento e na corroboração de relatos de lugares com hostilidades intensas, como Kharkiv e Mariupol.

Fonte: Redação Terra
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