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Atriz pornô processa Trump por "acordo de silêncio"

7 mar 2018 - 08h49
(atualizado às 12h33)
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Atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels, posa para fotos em Long Island, Nova York 23/02/2018 REUTERS/Eduardo Munoz
Atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels, posa para fotos em Long Island, Nova York 23/02/2018 REUTERS/Eduardo Munoz
Foto: Reuters

A atriz pornô norte-americana Stormy Daniels processou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira, alegando que ele nunca assinou um acordo de sigilo para silenciá-la a respeito de um relacionamento "íntimo" entre os dois.

Trump nega ter tido um caso com Stormy.

A atriz, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, iniciou a ação civil em Los Angeles argumentando que o acordo é inválido e que tem liberdade para debater publicamente seu relacionamento com Trump.

A ação civil, que o advogado de Stephanie, Michael Avenatti, publicou em um tuíte, diz que ela assinou o acordo e uma carta secundária usando um nome artístico em 28 de outubro de 2016, dias antes da eleição presidencial norte-americana realizada naquele ano.

O advogado de Trump, Michael Cohen, assinou o documento no mesmo dia, mas Trump nunca o fez, afirma o processo.

O "acordo de silêncio", como é chamado na ação, se refere a Trump como David Dennison e a Stephanie como Peggy Peterson. A carta secundária revela as identidades reais das partes como Stephanie e Trump, segundo a ação civil.

Na ação, Stephanie pede ao Supremo Tribunal de Los Angeles que declare o acordo e a carta inválidos e impraticáveis.

A Casa Branca não respondeu de imediato a um pedido de comentário. Avenatti não estava disponível de imediato para comentar.

De acordo com a ação civil, Stephanie e Trump tiveram um relacionamento íntimo que começou no verão de 2006 e se estendeu por boa parte de 2007, incluindo encontros em Lake Tahoe e no Beverly Hills Hotel.

Stormy foi citada em uma entrevista de 2011 à revista In Touch Weekly segundo a qual ela teve um caso com Trump depois de os dois se conhecerem em um torneio de golfe em Lake Tahoe em 2006, não muito tempo depois de a esposa do presidente, Melania, dar à luz o filho Barron.

Cohen disse ter pago US$ 130 mil de seu próprio bolso à atriz em 2016, o ano em que Trump foi eleito, mas que nem a Organização Trump nem a campanha se envolveram na transação, embora tenha se recusado a dizer publicamente para que o dinheiro foi usado.

A ação civil afirma que o acordo de silêncio de 2016 estipulou o depósito de US$ 130 mil na conta fiduciária do então advogado de Stephanie. Em troca ela não revelaria nenhuma informação confidencial sobre Trump.

A ação alega que ainda em 27 de fevereiro deste ano Cohen tentou impedir a atriz de falar sobre o relacionamento.

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