Audiência divulga últimas palavras da tripulação do submersível que implodiu: 'Tudo bem aqui'
Titan desapareceu em 18 de junho quando fazia viagem para visitar o naufrágio do Titanic; os 5 tripulantes que estavam a bordo morreram
Guarda Costeira dos EUA revelou detalhes sobre a investigação do acidente com o submersível Titan um ano após sua implosão no Atlântico Norte.
Mais de um ano depois da implosão do submersível Titan, após a sua desastrosa jornada aos destroços do naufrágio do Titanic, matando os cinco tripulantes a bordo, a Guarda Costeira dos EUA revelou detalhes sobre a investigação do acidente nesta segunda-feira, 16.
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"Está tudo bem por aqui", disse a última mensagem enviada pela tripulação do Titan ao navio de apoio Polar Prince. Logo após o envio, as comunicações com o submarino foram perdidas. A mensagem foi exibida durante uma animação que mostrou a última descida do submersível ao fundo do Atlântico Norte, em 18 de junho de 2023.
Os destroços do Titan foram encontrados a 487 metros de distância da proa do Titanic, a 3.800 metros de profundidade. A expedição custou a vida do explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos, do empresário britânico-paquistanês Shahzada Dawood, de 48, e do seu filho Suleman, de 19, do CEO da OceanGate, Stockton Rush, de 61, e do explorador francês de águas profundas Paul-Henri Nargeolet, de 77. No total, a fortuna deixada pelos cinco passageiros foi de US$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões).
A Guarda Costeira ainda não concluiu o inquérito sobre o acidente. Na audiência pública, eles irão revelar informações já descobertas sobre o caso.
- Titan nunca foi revisado por técnicos de fora da empresa que criou o submarino, a OceanGate;
- Tony Nissen, diretor de Engenharia da OceanGate, disse que se recusou a viajar no sumbersível e acrescentou que não 'confiava em Stockton'. "Não tínhamos os padrões [de segurança] que estabelecemos";
- O submersível foi encontrado 'parcialmente afundado' semanas antes da expedição mortal;
- O Titan sofreu mais de 100 problemas de equipamento nos anos anteriores à tragédia de 2023. Ele chegou a ser atingindo por um raio, em 2018, o que pode ter comprometido o seu casco;
- Submersível ficou exposto às intempéries durante o armazenamento por sete meses em 2022 e 2023.