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Autoridade destacada do Pentágono renuncia, e críticos acusam Trump de buscar "fiéis"

18 jun 2020 - 15h53
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Kathryn Wheelbarger, uma das mais proeminentes e respeitadas formuladoras de políticas do Pentágono, renunciou ao cargo que ocupava depois de três anos no posto no momento em que críticos acusam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de priorizar seus supostos "fiéis" para cargos de destaque na segurança nacional.

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca
16/06/2020 REUTERS/Leah Millis
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 16/06/2020 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Wheelbarger, que é tida em alta conta por especialistas de segurança nacional do Partido Republicano de Trump e entre democratas, não explicou a razão de sua saída em sua carta de renúncia, uma cópia da qual foi obtida pela Reuters.

Em 13 de fevereiro, a Casa Branca a nomeou a um cargo de inteligência de alto escalão, mas na semana passada a mesma Casa Branca surpreendeu anunciando planos para nomear Bradley Hansell, um ex-assistente especial de Trump, como vice-subsecretário de Defesa para a inteligência.

Tanto autoridades atuais e antigas acusaram a Casa Branca de preterir Wheelbarger por causa de seu trabalho anterior com o falecido senador republicano John McCain, um crítico ferrenho de Trump e ex-presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado.

Wheelbarger estava a cargo do portfólio de inteligência do comitê e era bem vista pelo Congresso.

"Parece que ela não passou no teste de lealdade por algum motivo", disse uma ex-autoridade sob condição de anonimato. Sua saída chegará no momento em que Trump tenta vencer uma resistência forte de democratas do Senado à indicação do general aposentado do Exército Anthony Tata, um defensor aguerrido de Trump na rede Fox News, ao principal cargo de formulação de políticas do Pentágono.

Tata retratou o ex-presidente Barack Obama equivocadamente como um muçulmano e o acusou de forma igualmente falsa de ser um "líder terrorista" que trabalhava em benefício do Irã, de acordo com tuítes hoje apagados vistos pela Reuters.

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