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Autoridades eleitorais dos EUA criticam ameaças de prisão feitas por Trump caso ele volte à Casa Branca

9 set 2024 - 17h47
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Autoridades eleitorais dos Estados Unidos e a campanha da candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, condenaram nesta segunda-feira as ameaças feitas por Donald Trump de prender autoridades eleitorais "corruptas" se ele vencer no dia 5 de novembro, acusando-o de intimidação e de incitar a violência.

Eles respondiam a uma postagem em rede social feita pelo candidato republicano à Presidência no sábado, em que ele ameaçava diversas pessoas de prisão se elas se envolvessem em fraude eleitoral na eleição de 2024. Uma série de estudos apontam que fraude eleitoral nos EUA é algo extremamente raro.

Trump escreveu: "Não podemos deixar o nosso país se tornar ainda mais um país de Terceiro Mundo e NÓS NÃO VAMOS! Favor atentar que esse alerta serve para advogados, operativos políticos, doadores, eleitores ilegais e autoridades eleitorais corruptas. Os envolvidos em comportamento sem escrúpulos vão ser caçados, pegos e processados em níveis, infelizmente, jamais vistos neste país".

Trump também repetiu a sua alegação sem evidência que a sua derrota em 2020 para o presidente democrata Joe Biden foi causada por fraude, a mesma mensagem que ele passou aos seus apoiadores antes da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Adrian Fontes, o secretário de Estado crucial no Arizona e um democrata, descreveu a postagem de Trump na rede Truth Social como "tirânica" e que tem o potencial de incitar violência política.

"Infelizmente, segurança é uma das maiores preocupações na gestão da eleição", disse Fontes, a principal autoridade eleitoral do Arizona, para a Reuters.

"Os comentários de Trump abrem espaço para pessoas má intencionadas os encarem como uma convocação. Precisamos proteger as nossas autoridades e funcionários eleitorais. Precisamos estar prontos para praticamente qualquer coisa."

Uma autoridade republicana do Michigan, que pediu para não ser indentificada, rejeitou os comentários de Trump e disse que ele não queria trazer mais atenção a esse tipo de declaração ao discuti-la. A campanha de Trump não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário.

Amman Moussa, um porta-voz de Kamala Harris, classificou os comentários de Trump como "extremos e desequilibrados", acrescentando: "Donald Trump está aumentando ainda mais as suas perigosas ameaças de vingança e retribuição".

Trump e Kamala estão em uma batalha eleitoral que as pesquisas de opinião dizem ser muito disputada para apontar um favorito. Kamala eliminou a vantagem que Trump tinha sobre Biden antes de o presidente dos EUA desistir de tentar a reeleição em julho e Kamala ter se tornado a candidata do partido à Casa Branca.

Desde a sua derrota em 2020, Trump tem feito com regularidade alegações falsas que autoridades eleitorais impediram a sua vitória no pleito. Diversos funcionários eleitorais receberam ameaças.

Ao reagir à postagem de sábado de Trump, Jocelyn Benson, secretária de Estado do Michigan e democrata, postou no X: "O meu dever - e de qualquer autoridade eleitoral neste país - é estar acima das discussões e continuar a garantir que as nossas eleições são justas, seguras, acessíveis e que os resultados são corretos. Não há mentiras, ilusões ou ameaças que vão nos distrair desse objetivo".

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