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Autoridades interrompem mandado de prisão contra presidente da Coreia do Sul

Impasse para detenção de Yoon Suk Yeol durou quase seis horas; serviço de segurança presidencial bloqueou a tentativa de entrar na residência do presidente deposto

3 jan 2025 - 07h38
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Manifestação em Seul pede renúncia de Yoon Suk Yeol. Sindicatos anunciaram greve pela saída do presidente
Manifestação em Seul pede renúncia de Yoon Suk Yeol. Sindicatos anunciaram greve pela saída do presidente
Foto: DW / Deutsche Welle

SEUL — Investigadores sul-coreanos deixaram a residência oficial do presidente Yoon Suk Yeol, que sofreu impeachment, após um impasse de quase seis horas, durante o qual ele desafiou a tentativa de detê-lo nesta sexta-feira, 3. É o mais recente confronto em uma crise política que paralisou a política sul-coreana. O país viu dois chefes de Estado serem acusados em menos de um mês.

A agência anticorrupção do país disse que retirou seus investigadores depois que o serviço de segurança presidencial bloqueou a tentativa de entrar na residência de Yoon por várias horas, alegando preocupações com sua segurança. A agência expressou "sério pesar sobre a atitude do suspeito, que não respondeu a um processo legal".

Yoon, um ex-promotor, desafiou por semanas as tentativas dos investigadores de interrogá-lo. A última vez que se sabe que ele saiu da residência foi em 12 de dezembro, quando foi ao gabinete presidencial próximo para fazer uma declaração televisionada à nação. No pronunciamento, disse lutaria contra os esforços para destituí-lo.

O líder conservador, que mergulhou o país numa crise ao declarar a lei marcial em 3 de dezembro, pode tornar-se o primeiro presidente sul-coreano a ser preso no cargo.

O parlamento anulou a declaração de lei marcial em poucas horas, em uma votação unânime, e destituiu Yoon em 14 de dezembro, acusando-o de rebelião, enquanto as autoridades anticorrupção e promotores públicos sul-coreanos abriram investigações separadas sobre os eventos.

Yoon está também exposto a acusações de alegada "insurreição", punível com prisão perpétua ou pena de morte.

Investigadores do Escritório de Investigação de Corrupção (OIC), responsável pelo caso, acessaram a residência em Seul, onde Yoon está preso desde que o sistema de Justiça emitiu o mandado de prisão contra ele na terça-feira. Executar o mandado, no entanto, tem se mostrado uma missão complexa enquanto ele permanecer em sua residência oficial.

Os advogados de Yoon, que entraram com uma contestação ao mandado na quinta-feira, dizem que o mandado não pode ser executado na residência por conta de uma lei que protege de buscas locais potencialmente ligados a segredos militares sem o consentimento da pessoa responsável. /AFP e AP

Estadão
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