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Avião da FAB chega à Polônia para resgatar brasileiros da guerra

O KC-390 Millennium pousou em Varsóvia carregando toneladas de medicamentos e alimentos; retorno ao Brasil será ainda nesta quarta-feira

9 mar 2022 - 12h15
(atualizado às 12h16)
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FAB transportou ainda 11,6 toneladas de ajuda humanitária para a população ucraniana.
FAB transportou ainda 11,6 toneladas de ajuda humanitária para a população ucraniana.
Foto: Ministério da Defesa

A aeronave destacada pela Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar brasileiros que fogem da guerra na Ucrânia posou em Varsóvia, na Polônia, no final da manhã desta quarta-feira, 9, pelo horário de Brasília, informa o Ministério da Defesa.

O KC-390 Millennium, que retornará ao Brasil ainda nesta quarta-feira com cerca de 70 passageiros brasileiros e seus familiares, transportou ainda 11,6 toneladas de ajuda humanitária para a população ucraniana.

A carga é composta por medicamentos, alimentos e “itens de necessidade básica com tecnologia para funcionamento autônomo – utilizados em locais sem recursos e em situações extremas, como guerras e conflitos”, detalha o ministério.

Entre os passageiros, há 40 brasileiros, 23 ucranianos e um polonês. A previsão é que também sejam transportados seis cachorros, conforme dados do governo federal. A configuração do avião tem capacidade para 72 passageiros, além dos 16 tripulantes.

Operação Repatriação

Batizada de Operação Repatriação, a ação é uma das tentativas do governo Jair Bolsonaro (PL) de emplacar uma agenda positiva relacionada à guerra. Ela foi organizada pelos ministérios depois de pressão popular sobre a demora do governo em prestar assistência consular à comunidade brasileira na Ucrânia.

Até a deflagração do conflito, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, não havia orientação para que os brasileiros deixassem o território ucraniano, como recomendavam as potências ocidentais.

Nos primeiros dias de guerra, a orientação do Itamaraty era para que, quem quisesse, buscasse sair do país por meios próprios. Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores disse que não tinha condições de preparar um resgate.

Tudo mudou depois da deterioração das condições de segurança, com bombardeios em diversas cidades, inclusive a capital ucraniana. Houve reforço da equipe, com deslocamento de mais diplomatas para o Leste Europeu e auxílio direto com transporte por meio de trens. O governo brasileiro também transferiu diplomatas de Kiev, esvaziando a embaixada, para a linha de fronteira com Moldávia e Polônia, a fim de facilitar a saída.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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