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Babá gravada nua por patrão nos EUA se revolta com indenização de US$ 2 milhões: 'Não é o suficiente'

Colombiana fazia o intercâmbio em Staten Island, Nova York, quando o caso aconteceu

27 set 2024 - 12h27
(atualizado às 12h51)
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Colombiana era filmada nua por câmera ilegal
Colombiana era filmada nua por câmera ilegal
Foto: Reprodução/NY Post

Uma colombiana de 25 anos foi surpreendida ao saber que estava sendo filmada nua por seu patrão através de uma câmera escondida em seu quarto. Kelly Andrade era au pair, uma modalidade de intercâmbio onde a pessoa mora na casa da família anfitriã enquanto trabalha como babá. Depois de ter descoberto o crime, a jovem o denunciou e conseguiu uma indenização de US$ 2,78 milhões (pouco mais de R$ 15 milhões), mas declarou que o valor não é o suficiente.

Ao New York Post, a jovem contou que entrou em choque ao descobrir as filmagens. Ela vivia seu intercâmbio em Staten Island, Nova York, quando o caso aconteceu. O responsável pela gravação ilegal é Michael Esposito, um magnata do ramo alimentício.

O homem de 35 anos foi preso e acusado formalmente pelo Tribunal Federal do Brooklyn depois que Kelly descobriu a câmera escondida em seu quarto. No entanto, Esposito foi solto para viver em liberdade condicional. 

O resultado foi aquém do esperado pela vítima: Esposito e sua esposa, Danielle, foram condenados a pagar US$ 780 mil (R$ 4,2 milhões) em danos morais. Sozinho, ele ainda foi designado a desembolsar US$ 2 milhões (R$ 10,8 milhões) em danos punitivos. 

Au pair queria que ex-patrão estivesse preso
Au pair queria que ex-patrão estivesse preso
Foto: Reprodução/NY Post

Em desabafo ao NY Post, Kelly Andrade criticou a sentença. "Não é o suficiente em meio a toda a situação pela qual passei nesses três anos. Não é o suficiente", disse, em lágrimas. "Fiquei com raiva porque o dano que ele me causou é irreversível", desabafou a colombiana.

Mesmo contrariada com o resultado do processo, a ex-babá garantiu que está focada em cuidar da sua saúde mental. "Agora mesmo estou trabalhando na minha recuperação", declarou. "Não foi fácil estar em um julgamento. Foi um momento muito difícil. Isso traz de volta memórias que estou tentando esquecer", conta Kelly.

O caso aconteceu 2021, mas o desfecho só ocorreu neste ano. Durante este período, Kelly casou e vive em Nova Jersey, mas ainda se preocupa com a integridade de outras pessoas que passam pela mesma situação que ela enfrentou. 

"Estou falando para encorajar muitas babás e também imigrantes que foram vítimas de abuso. Não fiquem quietos. Não tenham medo de denunciar seu agressor", alertou. A colombiana foi aos Estados Unidos para fazer um intercâmbio através da agência Cultural Care Au Pair, que também tem unidades pelo Brasil.

A empresa fez parte de um acordo judicial com Kelly Andrade no mês passado e foi designada a pagar uma quantia não revelada para a vítima, conforme mostram documentos judiciais.

Família Esposito foi condenada a pagar indenização pelo caso
Família Esposito foi condenada a pagar indenização pelo caso
Foto: Reprodução/NY Post

Como a au pair descobriu as câmeras escondidas?

Com 22 anos na época, Kelly Andrade saiu de seu país natal, a Colômbia, para fazer o intercâmbio nos Estados Unidos. A fim de conseguir uma boa família anfitriã, ela conta que passou por horas de treinamento até contatar a agência Cultural Care Au Pair. 

Através da empresa, a colombiana fechou a ida ao país norte-americano para a casa de família Esposito, dona de três franquias LaRosa Grill. Quando a babá chegou, os patrões estavam hospedados na casa dos pais de Danielle, esposa de Michael, em Tottenville, na Staten Island, em Nove York, enquanto a mansão do casal era reformada nas proximidades.

No lar "improvisado", os Espositos deram a Kelly um quarto para dormir enquanto ela cuidava de seus quatro filhos. Porém, as coisas começaram a ficar estranhas quando a babá passou a ver Michael frequentemente em seu quarto, mexendo no detector de fumaça do teto, que "estava constantemente sendo reposicionado", segundo o processo. 

Kelly Andrade alega ter vivido na rua após descoberta
Kelly Andrade alega ter vivido na rua após descoberta
Foto: Reprodução/NY Post

Intrigada com a ação estranha do patrão, a colombiana resolveu mexer no detector de fumaça e encontrou uma câmera no local. No cartão de memória havia centenas de gravações da jovem, inclusive nua, em seu próprio quarto. 

Ela conta que, minutos após descobrir o dispositivo, Michael Esposito apareceu na casa. "Ele parecia muito nervoso e muito preocupado quando chegou em casa", relembrou. Sem saber o que fazer, Kelly conta que tentou fingir que estava dormindo, mas não adiantou. O patrão começou a bater em sua porta e, assustada, a colombiana pulou de uma janela do primeiro andar, machucando o joelho.

Sem ter para onde ir, Kelly alega que dormiu na rua logo após deixar a casa dos Espositos. A colombiana relatou o incidente aos policiais da 123ª Delegacia, que prenderam Esposito em 24 de março de 2021. 

No mesmo ano, ele foi preso sob acusação de vigilância ilegal, um crime que dá até quatro anos de prisão nos EUA. No entanto, o promotor público de Staten Island permitiu que Michael saísse, desde que cumprisse dois anos de liberdade condicional.

Um ano depois, em abril de 2022, o empresário se declarou culpado de tentativa de vigilância ilegal. Durante o julgamento, que durou quatro dias, Kelly só não testemunhou em um deles. Ao NY Post, ela contou que ficou “em choque” só de estar na mesma sala que o ex-patrão.

Fonte: Redação Terra
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