Bachelet desiste de se reeleger comissária de Direitos Humanos
Chilena chefia agência da ONU desde 2018
A alta comissária das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, anunciou nesta segunda-feira (13) que não vai se candidatar a um segundo mandato.
A ex-presidente do Chile chefia a agência de Direitos Humanos da ONU desde 1º de setembro de 2018 e deixará o cargo quando concluir seu mandato de quatro anos.
A decisão de Bachelet já havia sido comunicada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, cerca de dois meses atrás. "Conversei com ele, que me disse que gostaria que eu continuasse. Expliquei que, por motivos pessoais e não sendo mais muito jovem, precisava e queria, após uma longa carreira, voltar para meu país e para minha família", disse a chilena, que tem 70 anos de idade.
Bachelet também negou que sua decisão tenha sido motivada pelas críticas ligadas à sua recente visita à China, em maio, quando ela foi acusada de adotar uma postura excessivamente branda sobre as violações dos direitos humanos no país asiático.
"Escuto as críticas, recebi muitas na minha carreira, mas não é isso que me leva a tomar decisões. Minha família e meu país precisam de mim", acrescentou.
Por meio de um comunicado, Guterres disse estar "profundamente agradecido" a Bachelet por seu "incessante serviço". "Ela fez progressos em um contexto político extremamente difícil e fez uma profunda diferença para as pessoas em todo o mundo", salientou.