Baixo comparecimento nas eleições de Bangladesh deve manter primeira-ministro Hasina no poder
Grande parte dos eleitores de Bangladesh não foi às urnas para a eleição geral deste domingo, que deve levar a primeira ministra Sheikh Hasina ao quarto mandato consecutivo, após uma votação marcada pela violência e por um boicote do principal partido da oposição.
Ativistas de direitos humanos alertaram para o monopólio no governo de um só partido, o Awami League de Hasina, no país do sul da Ásia com 170 milhões de pessoas, após o boicote realizado pelo partido nacionalista de Bangladesh (BNP) e alguns aliados menores.
Os Estados Unidos e países ocidentais, grandes clientes da indústria têxtil e de vestuário de Bangladesh, pediram eleições livres e justas na 12ª votação desde a independência do país em relação ao Paquistão em 1971.
O comparecimento foi de cerca de 40% quando as urnas fecharam, disse o comissário eleitoral chefe, Kazi Habibul Awal, ante mais de 80% na última eleição, em 2018.Os primeiros resultados devem ser publicados na manhã da segunda-feira.
A votação foi cancelada em pelo menos sete centros devido a irregularidades, enquanto a candidatura de um membro do Awami League foi cancelada por ameaças às autoridades de segurança, disse Jahangir Alam, secretário da comissão.
O BNP, que boicotou a segunda das últimas três eleições, diz que o partido de Hasina está legitimar uma falsa eleição. Ela recusou as demandas do BNP para renunciar e permitir que uma autoridade neutra conduzisse a eleição, acusando a oposição de instigar os protestos anti-governo que têm abalado Daca desde outubro e deixaram pelo menos 14 mortos.
O BNP convocou uma greve nacional de dois dias ao longo do domingo, pedindo que as pessoas boicotassem a eleição.
![Reuters](https://p2.trrsf.com/image/fget/sc/80/30/images.terra.com/2016/04/04/reuters-brasil-novo2.jpg)