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Protestos pró e contra independência catalã tomam Barcelona

Tentativa frustrada de separação fará aniversário em dois dias

29 set 2018 - 12h00
(atualizado às 12h27)
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Milhares de pessoas foram às ruas para se manifestar tanto a favor quanto contra a independência da Catalunha, fechando partes do centro de Barcelona neste sábado, dois dias antes do aniversário de uma votação pela separação no ano passado que dividiu e polarizou a rica região espanhola. 

As tensões continuam em alta na região autonomista um ano após o pleito de 1º de outubro considerado ilegal pelo governo de Madri, mas celebrado pelos separatistas catalães.

Separatistas criam nuvens coloridas em protesto em Barcelona
Separatistas criam nuvens coloridas em protesto em Barcelona
Foto: Jon Nazca / Reuters

Grupos pró-independência acamparam na noite de sexta para prevenir uma demonstração em apoio à atuação da polícia na Catalunha durante a campanha do ano passado para se separar da Espanha.

As autoridades catalãs disseram que quase 1 mil pessoas ficaram feridas após a polícia tentar parar as votações nas zonas eleitorais da região um ano atrás. 

Duas pessoas foram presas em confrontos de separatistas e policiais no sábado, após manifestantes jogarem tinta nos integrantes da tropa de choque que os separavam de outra manifestação rival contra o separatismo. 

Narcis Termes, de 68 anos, um eletricista que compareceu ao protesto separatista com sua esposa disse que não tinha mais esperanças sobre a perspectiva da Catalunha se tornar independente. "No ano passado nós passamos por um de nossos melhores momentos. Eu vi meus pais chorarem de alegria por terem conseguido votar, mas agora estamos parados". 

Por várias horas grupos pró-independência cantaram "Não esquecer nem perdoar" em frente a manifestantes pela união da região cantando "Viva a Espanha" antes do final de semana que está repleto de manifestações marcadas para lembrar o pleito do ano passado. 

Joan Puig, um mecânico de 42 anos, que gravava o protesto em apoio à polícia em seu telefone, disse que o conflito foi alimentado por políticos de ambos os lados. "Está ficando cada vez mais tenso", disse.

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