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Bélgica eleva alerta de terror para nível máximo

21 nov 2015 - 16h33
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A Bélgica elevou neste sábado o alerta de terror na região da capital Bruxelas para o nível máximo, advertindo à população para uma ameaça "muito séria" e "iminente".

O alerta para o resto da Bélgica permanece em um nível mais baixo, apesar de igualmente sério.

O metrô permanecerá fechado até domingo na capital. Moradores e turistas foram aconselhados a evitar locais com grande aglomeração de pessoas, incluindo shopping centers e shows.

Autoridades locais também recomendaram que jogos de futebol sejam cancelados e que bares e restaurantes fechassem às 18h.

A polícia prendeu quatro suspeitos que estavam em um carro na Place du Grand Sablon em Bruxelas, de acordo com a imprensa local - mas as autoridades não deram mais detalhes sobre os motivos das prisões. A polícia ainda estaria procurando dois homens - um deles que estaria com equipamento explosivo parecido com o utilizado nos atentados em Paris.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, disse que a decisão sobre elevar o alerta de terror para o nível máximo ocorreu por causa dos ataques a Paris na semana passada.

Segundo ele, há o temor de que "indivíduos com armas e explosivos poderiam lançar um ataque...talvez em vários lugares", disse ele em entrevista a jornalistas.

Autoridades acreditam que os ataques a Paris na semana passada foram planejados em Bruxelas.

Foi também na capital belga que nasceram ou moravam alguns dos suspeitos dos atentados, entre eles o suposto mentor, o belga de origem marroquina Abdelhamid Abaaoud, morto em operação policial nessa semana em Saint-Denis, subúrbio de Paris.

Outro suspeito de envolvimento nos ataques, Salah Abdeslam, teria retornado à Bélgica. Ele permanece foragido.

Mais cedo, o ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, afirmou a jornalistas que a situação do país era "séria", mas "sob controle".

Em outros desdobramento, a polícia turca afirmou que prendeu um belga de origem marroquina sob a suspeita de que ele vinha monitorando os alvos dos ataques em Paris, informou a agência de notícias turca.

Até agora, três pessoas já foram acusadas formalmente por envolvimento nos ataques, cuja autoria foi assumida pelo grupo autodenominado 'Estado Islâmico'.

Na noite de sexta-feira, milhares de pessoas se reuniram nos locais que foram alvo dos ataques em Paris para realizar uma vigília em homenagem às vítimas.

Também na sexta-feira, o Conselho de Segurança (CS) da ONU adotou por unanimidade uma resolução para redobrar a ação contra o 'Estado Islâmico'.

O documento, elaborado pelo governo francês, insta os Estados-membros a tomar "todas as medidas necessárias" na luta contra o grupo extremista.

Na semana passada, ataques simultâneos deixaram pelo menos 130 mortos e 352 feridos em Paris.

O atentado foi o pior na Europa desde os ataques a bomba em Madri, em 2004. Também foi o mais sangrento em solo francês desde a 2ª Guerra Mundial.

O que é o 'Estado Islâmico'?

O 'EI' é um grupo extremista islâmico que controla grandes partes do território da Síria e do Iraque. O grupo declarou o território como um califado, um Estado governado de acordo com a lei islâmica, sob o comando de Abu Bakr al-Baghdadi.

O que o 'EI' pretende alcançar?

O 'EI' exige a adesão de todos os muçulmanos, rejeitas as fronteiras nacionais e busca expandir seu território. O grupo segue sua própria interpretação radical do Islã sunita e vê todos aqueles que não seguem seus dogmas como merecedores da morte.

Qual é a força do 'EI'?

O 'EI' projeta uma imagem poderosa, parcialmente por meio da propaganda e da extrema brutalidade de suas ações, e é, atualmente, o grupo insurgente mais rico do mundo. Possui cerca de 30 mil combatentes, mas vem enfrentando ataques aéreos por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, que prometeram destrui-lo.

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