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Biden busca fortalecer democracia mundial com cúpula em dezembro

11 ago 2021 - 13h42
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revigorado com sua primeira grande vitória bipartidária, se volta agora para outra frente com o objetivo de fortalecer a fé na democracia por meio de uma cúpula com outros líderes mundiais ainda este ano.

10/08/2021
REUTERS/Evelyn Hockstein
10/08/2021 REUTERS/Evelyn Hockstein
Foto: Reuters

Biden, que assumiu o cargo em janeiro após uma eleição fortemente contestada, ainda criticada por seu rival Donald Trump e seus apoiadores, vai reunir chefes de Estado de outras nações democráticas para uma cúpula virtual em 9 e 10 de dezembro, disse a Casa Branca na quarta-feira.

A cúpula também incluirá representantes da "sociedade civil, filantropia e setor privado", que farão compromissos para um ano de ação, com uma sessão presencial de acompanhamento um ano depois, informou em nota.

"O desafio do nosso tempo é demonstrar que as democracias podem conseguir resultados, melhorando a vida de seu próprio povo e abordando os maiores problemas que o mundo enfrenta", disse a Casa Branca.

Os participantes discutirão "os desafios que a democracia enfrenta para fortalecer coletivamente as bases para a renovação democrática", com foco contra o autoritarismo e na defesa do combate à corrupção e à promoção do respeito aos direitos humanos.

O democrata Biden está embalado pela aprovação de um projeto de infraestrutura trilionário com apoio de 19 senadores republicanos, dizendo que o esforço bipartidário mostra que os Estados Unidos podem enfrentar grandes questões juntos e competir com países como a China, que tem uma sistema político divergente.

Um recorde de 155 milhões de norte-americanos votaram na eleição de novembro de 2020, quando Biden ganhou por mais de 7 milhões de votos e números folgados no Colégio Eleitoral. Múltiplos tribunais, autoridades eleitorais estaduais e o próprio governo Trump rejeitaram as falsas alegações de fraude eleitoral de Trump, mas o então presidente e seus apoiadores persistiram em promover teorias de conspiração infundadas, com seus apoiadores realizando um ataque mortal em 6 de janeiro no Capitólio de Washington.

As democracias ocidentais foram cautelosas com os Estados Unidos sob Trump, que rompeu alianças tradicionais e elogiou laços mais fortes com a Rússia e a China. Outras nações democráticas também viram seus sistemas se desgastarem.

Mesmo nos EUA, Biden e seus companheiros democratas precisam lutar pelos direitos de voto que, segundo os defensores, foram enfraquecidos por uma série de golpes desde que foram instituídos durante a era dos direitos civis na década de 1960, incluindo duas importantes decisões da Suprema Corte e novos esforços em Legislaturas estaduais controladas pelos republicanos.

Os republicanos têm barrado uma legislação proposta no Congresso, argumentando que daria ao governo federal muito controle nas eleições locais.

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