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Biden confunde Kamala com Trump e insiste que vai seguir na corrida presidencial

11 jul 2024 - 23h08
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O presidente dos EUA, Joe Biden, confundiu o nome da sua vice-presidente, Kamala Harris, com o do seu rival republicano Donald Trump, mas insistiu nesta quinta-feira que seguirá em frente com sua candidatura à reeleição, mesmo quando mais dos seus colegas democratas pediram para encerrar sua campanha.

Biden, de 81 anos, elogiou as suas décadas de experiência na cena mundial, argumentando que é o único qualificado para derrotar o republicano Donald Trump, de 78 anos, e liderar os EUA por mais um mandato de quatro anos.

"A única coisa que a idade faz é criar um pouco de sabedoria se prestarmos atenção", disse Biden, que já é a pessoa mais velha a servir como presidente.

Biden enfrenta dúvidas crescentes de doadores, apoiadores e aliados democratas, que temem que ele não tenha mais a capacidade de derrotar o ex-presidente Trump na eleição de 5 de novembro.

Biden provavelmente não ajudou em nada quando confundiu sua vice-presidente e seu rival republicano no início da entrevista coletiva, que durou quase uma hora.

"Vejam, eu não teria escolhido a vice-presidente Trump para ser vice-presidente se ela não fosse qualificada para ser presidente. Portanto, comecem por aí", disse Biden ao responder a uma pergunta da Reuters sobre sua confiança em Kamala.

Isso aconteceu poucas horas depois de Biden ter se referido erroneamente ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy como "presidente Putin".

"Senhoras e senhores, presidente Putin", disse Biden na cúpula da Otan em Washington, arrancando suspiros dos presentes na sala antes de se corrigir.

Os membros da Otan estão encerrando uma cúpula em Washington, onde estenderam o apoio à Ucrânia para combater a invasão que o presidente russo, Vladimir Putin, lançou em fevereiro de 2022.

A campanha de Biden está na corda bamba há duas semanas, desde seu desempenho ruim no debate contra Trump, de 78 anos.

Pelo menos 14 dos 213 democratas da Câmara e um dos 51 democratas do Senado apelaram publicamente para que o presidente se retire da disputa.

O presidente tossiu com frequência e ocasionalmente distorceu suas respostas no início da coletiva e, no final, as suas respostas eram frequentemente interrompidas antes de ele ter concluído o seu raciocínio. Ao mesmo tempo, deu respostas detalhadas sobre questões como o conflito Israel-Gaza e a necessidade de os países ocidentais produzirem mais armamento militar para conter a Rússia e a China.

Biden disse que sua saúde está em boa forma e que faria outro exame neurológico para determinar sua acuidade mental se seus médicos recomendarem.

OPORTUNIDADE

A coletiva de imprensa deu a Biden a oportunidade de falar de seus sucessos no cenário mundial e criticar Trump. Biden argumentou que Trump enfraqueceria a Otan e aumentaria os preços para os consumidores dos EUA, impondo tarifas exorbitantes sobre produtos importados.

Ele assumiu o crédito por trazer a Suécia e a Finlândia para a aliança da Otan e disse que reuniu 50 nações para apoiar a Ucrânia. "Acho que sou a pessoa mais qualificada para fazer o trabalho. Para garantir que a Ucrânia não caia", disse ele.

A campanha de Biden argumentou que o debate não mudou drasticamente a corrida, mesmo quando traçou um caminho estreito para a reeleição, reconhecendo que enfrentava uma escalada difícil em muitos Estados que ele venceu em 2020.

Nenhum dos líderes do partido no Congresso pediu que Biden desistisse de sua candidatura, embora a ex-presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, tenha se recusado a dizer na quarta-feira que ele deveria permanecer na disputa.

A campanha encomendou uma pesquisa para testar como a vice-presidente Kamala Harris se sairia se substituísse Biden como candidata, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto. Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na semana passada revelou que Kamala não se sairia melhor do que Biden se fosse a candidata democrata, já que ambos estavam estatisticamente empatados com Trump.

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