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Biden diz que é 'martelado' por confusões e que Trump tem 'passe livre' para erros

Desafiando pressões internas, democrata mais uma vez reafirmou candidatura durante um comício em Detroit e intensificou ataques contra rival republicano

13 jul 2024 - 07h54
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Foto: REUTERS/Rebecca cook

Em um dia marcado por uma sequência de pedidos para que deixasse a corrida eleitoral, o presidente americano, Joe Biden, participou de um comício com seus apoiadores em Detroit, no Estado do Michigan, nesta sexta-feira, 12, determinado a dar prosseguimento à sua campanha, após uma entrevista coletiva que não dissipou as dúvidas sobre as suas chances de reeleição.

Discursando a 2 mil apoiadores, Biden reconheceu especulações sobre sua candidatura durante o comício, mas insistiu que está concorrendo. "Não vou mudar isso", disse ele a uma multidão barulhenta no ginásio de uma escola.

"Vocês me fizeram o indicado", disse Biden, referindo-se aos milhões de democratas que o apoiaram nas primárias. "Vocês, os eleitores. Vocês decidiram. Ninguém mais. E eu não vou a lugar nenhum". Ele acrescentou que é "o único democrata ou republicano que já derrotou Donald Trump e vou derrotá-lo novamente".

"Vocês realmente querem voltar ao caos de Donald Trump como presidente?" Biden perguntou à multidão, que respondeu com vaias. Ele lembrou aos apoiadores que os EUA perderam milhões de empregos — em grande parte por causa da pandemia do coronavírus — e que Trump recomendou que as pessoas injetassem alvejante para evitar contrair covid-19.

A caminho do comício, Biden parou em um evento de organização de campanha em um subúrbio de Detroit, brincou duas vezes sobre sua idade e encerrou seus comentários de 14 minutos assegurando aos organizadores que ele está "bem".

Biden derrotou Trump em Michigan por uma margem de 154 mil votos há quatro anos, mas ele ainda tem trabalho a fazer. Detroit, que tem uma população de quase 78% negra, teve uma participação de 12% nas primárias de 27 de fevereiro, quase metade da participação total de 23% no Estado. Partes importantes da coalizão de Biden em Michigan também estão descontentes com ele devido à ofensiva de Israel após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Michigan tem a maior concentração de árabes americanos no país, contribuindo para mais de 100 mil pessoas votando "Descomprometido" nas primárias democratas de Michigan em fevereiro

*com informações de AP e WP

Estadão
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