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Biden diz que Netanyahu pode estar prolongando guerra de Gaza para fins políticos

4 jun 2024 - 11h45
(atualizado às 13h48)
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o líder israelense Benjamin Netanyahu pode estar protelando o fim da guerra em Gaza por motivos políticos, de acordo com uma entrevista à revista Time divulgada nesta terça-feira.

Os comentários na entrevista de 28 de maio foram feitos alguns dias antes de Biden detalhar uma proposta para um cessar-fogo em Gaza, e enquanto o primeiro-ministro israelense luta com profundas divisões políticas em seu país.

Perguntado se ele achava que Netanyahu estava prolongando a guerra por suas próprias razões políticas, Biden disse: "Há todos os motivos para as pessoas chegarem a essa conclusão".

Biden, que tem pressionado pelo fim da guerra de quase oito meses, também disse que é "incerto" se as forças israelenses cometeram crimes de guerra em Gaza.

No mês passado, o procurador do Tribunal Penal Internacional em Haia solicitou mandados de prisão para Netanyahu e seu chefe de Defesa, bem como para três líderes do Hamas, por supostos crimes de guerra.

Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza em outubro do ano passado, prometendo destruir o grupo militante islâmico palestino Hamas depois que ele atacou dentro de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses. Cerca de 120 reféns permanecem em Gaza.

A ofensiva israelense matou mais de 36.000 pessoas em Gaza, segundo as autoridades de saúde do local, que afirmam que outros milhares de corpos estão enterrados sob os escombros.

As pesquisas de opinião mostram que a maioria dos israelenses apoia a guerra, mas culpa Netanyahu pelas falhas de segurança quando os atiradores do Hamas invadiram as comunidades israelenses perto de Gaza em 7 de outubro, e votariam em sua saída se houvesse uma eleição.

Os protestos em massa nas ruas se tornaram eventos semanais, atraindo dezenas de milhares de pessoas que exigem que o governo faça mais para trazer de volta os reféns apreendidos pelo Hamas em 7 de outubro e pedem a saída de Netanyahu.

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