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Biden exige medidas "específicas e concretas" de Netanyahu em Gaza

Em ligação telefônica, o presidente dos EUA também chamou o recente ataque a uma ONG no enclave de "inaceitável"

4 abr 2024 - 18h39
(atualizado em 10/4/2024 às 18h27)
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante uma chamada telefônica entre os líderes. Segundo a Casa Branca, o norte-americano pediu medidas "específicas, concretas e mensuráveis" para ajudar os civis e voluntários na Faixa de Gaza.

Joe Biden
Joe Biden
Foto: Gage Skidmore/Flickr / Perfil Brasil

A conversa acontece na mesma semana em que ataques do exército israelense mataram sete membros da ONG World Central Kitchen, que buscavam mitigar os efeitos da situação crítica de fome que assola os moradores. Sobre isso, Biden chamou a ação de "inaceitável".

Ele também declarou que "a política americana em relação à Gaza será determinada de acordo com a avaliação das ações imediatas de Israel". Nessa mesma veia, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que quer "ver mudanças reais de Israel. Se não virmos mudança do lado deles, haverá mudanças de nosso lado".

Controvérsia de Biden?

Mesmo com o tom mais crítico, o governo de Biden reafirma que "continua apoiando a habilidade de Israel para se defender contra uma ameaça ainda presente". De acordo com jornais estadunidenses, o presidente recentemente autorizou a transferência de milhares de itens militares ao país, incluindo 900 kg de bombas, mesmo depois de chamar a guerra de "a pior na história recente".

Os líderes também tocaram no assunto do ataque israelense a um consulado iraniano na Síria, que matou oito pessoas, incluindo o comandante das Forças Quds, Mohammad Reza Zahedi. "O presidente Biden deixou claro que os EUA apoiam fortemente o combate de Israel contra estas ameaças", disse a Casa Branca.

Os órgãos norte-americanos também deduzem que Israel não violou nenhuma lei humanitária em sua incursão em Gaza, apesar de diversos casos de abuso militar.

"Responsabilidade"

O recente ataque aos voluntários da World Central Kitchen teria enfurecido Biden, que pediu a Israel uma rápida investigação para "trazer responsabilidade". Grupos de direitos humanos mencionaram, porém, que o país não deve ter a confiança para realizar um julgamento idôneo.

As organizações também duvidam das demandas dos EUA por "responsabilidade", relembrando o caso de 2022, quando um jornalista da Al Jazeera morreu por uma bala disparada de um fuzil israelense. Entretanto, mesmo após provas e um pedido estadunidense para responsabilização, Israel considerou o ataque um acidente e ninguém foi condenado.

Perfil Brasil
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