Biden não deixará que "extremistas" tirem do rumo negociações sobre Gaza, diz Casa Branca
O governo Biden não permitirá que "extremistas", inclusive em Israel, tirem as negociações de cessar-fogo em Gaza do curso, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta sexta-feira, e acusou o ministro israelense das Finanças, Bezalel Smotrich, de fazer falsas afirmações.
Kirby avaliou que as afirmações de Smotrich -- que um acordo de cessar-fogo seria uma rendição ao Hamas ou que os reféns não deveriam ser trocados por prisioneiros -- como "totalmente erradas" e disse que o ministro estava enganando o público israelense.
Os Estados Unidos e seus aliados têm tentado organizar um acordo de cessar-fogo em troca da libertação de reféns há meses, mas têm enfrentado obstáculos constantes, tanto da parte de Israel quanto do Hamas.
Autoridades americanas acreditam que a última proposta é a mais próxima de um acordo entre as partes para libertar mulheres, doentes e idosos mantidos pelo Hamas em Gaza desde 7 de outubro, em troca de pelo menos seis semanas de cessar-fogo.
"Queremos chegar a um acordo. Acreditamos que é possível fazer isso... Mas isso exigirá alguma liderança de todos os lados e alguns compromissos", disse Kirby a jornalistas.
Na quinta-feira, os líderes dos Estados Unidos, do Egito e do Catar pediram a Israel e ao Hamas que se reunissem para negociações em 15 de agosto para finalizar um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza.
Os três países, que vêm tentando mediar um acordo, disseram em uma declaração conjunta que as negociações poderiam ocorrer na próxima semana em Doha ou no Cairo.
Kirby afirmou que argumentos como os de Smotrich "estão completamente errados".