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Biden promete reduzir pela metade emissões de gases até 2030

O presidente americano abriu a cúpula do clima se comprometendo com uma meta de redução climática que só pode ser alcançada com um declínio acentuado e rápido no uso de petróleo, gás e carvão pela economia americana

22 abr 2021 - 09h35
(atualizado às 09h36)
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Na abertura da Cúpula de Líderes Sobre o Clima, convocada pelo presidente Joe Biden, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, falou primeiro nesta quinta-feira, 22. Harris fez uma breve introdução ao evento antes de convidar Joe Biden para fazer o seu discurso.

Presidente dos EUA, Joe Biden na Casa Branca
20/04/2021 REUTERS/Tom Brenner
Presidente dos EUA, Joe Biden na Casa Branca 20/04/2021 REUTERS/Tom Brenner
Foto: Reuters

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, cobrou uma ação "rápida e unida" da comunidade internacional sobre o clima na abertura da cúpula. "Como uma comunidade global, é imperativo que ajamos de forma rápida e unida para confrontar essa crise. E isso vai requerer inovação e colaboração ao redor do mundo", disse a vice-presidente.

Kamala também destacou que uma mudança de paradigma vai requerer o uso de energias renováveis e novas tecnologias. "(isso) vai dar as nações a oportunidade de criar comunidades mais saudáveis e economias fortes".

O presidente Joe Biden deu sequência à cúpula do clima se comprometendo a reduzir pela metade as emissões de gases causadores de efeito estufa dos Estados Unidos até o final da década, disseram autoridades da Casa Branca, uma meta que só pode ser alcançada com um declínio acentuado e rápido no uso de petróleo, gás e carvão por praticamente todos setor da economia.

"Este momento é mais do que falar em preservação do nosso planeta, é também sobre garantir um futuro melhor para todos nós. É por isso que quando as pessoas falam sobre clima, eu penso em empregos. Nossa resposta à questão climática demanda a uma criação de empregos extraordinária", afirmou.

"Enfrentar esse momento é essencial para as futuras gerações e para saber o que vamos deixar a elas. Para gerar oportunidaes economicas para nossos trabalhadores", afirmou Biden. "Quero um plano econômico que use energia verde e renovável. Eu vejo otimas oportunidades para gerar empregos para milhões de trabalhadores."

A nova meta visa a fazer com que as emissões dos EUA caiam de 50% a 52% abaixo dos níveis de 2005 até 2030, disseram funcionários da Casa Branca. "Esse é um momento de imperativo moral. Imperativo econômico. O que fizermos de agora até a cúpula do clima de Glasgow, será essencial para o planeta", disse Biden.

O presidente americano fez o anúncio formalmente às ao dar as boas-vindas a 40 líderes mundiais em uma cúpula virtual de dois dias sobre mudança climática, usando o Dia da Terra para proclamar o retorno dos EUA a uma posição de liderança global sobre o assunto e para exortar outros países a faça cortes igualmente íngremes.

Isso é um passo significativo em relação à promessa do governo Obama de uma redução de 25% a 28% até 2025 e tem o objetivo de sinalizar que a decisão de Biden de voltar a aderir ao Acordo de Paris sobre mudança climática é apenas o início de um esforço agressivo que incluem tentar pressionar outras nações para a frente.

O objetivo político da cúpula é claro: Biden quer demonstrar que a abordagem do ex-presidente Donald Trump para a mudança climática foi uma aberração. Trump retirou os Estados Unidos do acordo climático de Paris, destruiu todas as principais políticas climáticas domésticas e zombou da ciência estabelecida da mudança climática. Biden declarará que os Estados Unidos estão de volta, prontos para restabelecer as regras climáticas e acelerar a mudança da maior economia do mundo dos combustíveis fósseis.

Um informativo divulgado pela Casa Branca reitera as políticas que o governo Biden espera adotar, como o desenvolvimento de energia limpa financiado pelo pacote de infraestrutura do presidente e novas regulamentações sobre emissões automotivas. Mas não fornece um roteiro detalhado para reduzir as emissões em cada setor.

Estadão
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