Biden retoma rotina de campanha após exame negativo de Covid-19
O candidato presidencial democrata norte-americano, Joe Biden, viajou ao Estado de Michigan para retomar sua campanha nesta sexta-feira depois de receber um exame negativo de Covid-19 horas depois de o presidente Donald Trump ser forçado a se recolher por ter contraído o vírus.
Biden, que se encontrou com Trump em um debate na terça-feira, deixou sua casa em Delaware rumo a Grand Rapids, em Michigan, para um evento de campanha depois que ele e sua esposa, Jill, receberem exames negativos de coronavírus.
O diagnóstico de Trump, que está exibindo sintomas suaves e se afastará da rotina de campanha por tempo indeterminado enquanto se mantém isolado na Casa Branca, leva o coronavírus de volta aos holofotes a pouco mais de quatro semanas da eleição de novembro.
Ele provavelmente reforçará a mensagem de Biden sobre a reação equivocada de Trump à doença, que já matou mais de 200 mil pessoas no país e mina o argumento do presidente de que o fim da pandemia está à vista.
Pesquisas mostram que os eleitores confiam mais em Biden para o enfrentamento do coronavírus do que em Trump, que pressionou por uma reabertura mais rápida da economia e das escolas, usa máscara raramente e fez grande comícios de campanha com pouco distanciamento social.
"É difícil dizer 'está sob controle' quando você é vitimado por ele", disse o estrategista democrata Chris Kofinis. "Se falarmos sobre a pandemia nas próximas quatro semanas, Donald Trump perde."
Na manhã desta sexta, Biden desejou melhoras a Trump pelo Twitter, mas ao anunciar seu exame negativo também reforçou sua mensagem sobre a necessidade de precauções contra o vírus.
"Fico feliz de relatar que Jill e eu tivemos exames negativos de Covid", tuitou Biden. "Agradeço a todos por suas mensagens de interesse. Espero que isto sirva como um lembrete: usem máscaras, mantenham a distância social e lavem as mãos."
Profissionais de saúde dizem que as coberturas faciais são essenciais para evitar a disseminação do vírus.
Biden deve discursar no salão de um sindicato de Michigan a respeito de seus planos para reconstruir a economia. Um relatório desta sexta-feira do Departamento do Trabalho mostrou que o ritmo do crescimento econômico desacelerará nas últimas semanas antes da eleição, que só 661 mil empregos foram criados e que 3,8 milhões de pessoas perderam o emprego de vez.
O Estado de Michigan, onde Trump derrotou a democrata Hillary Clinton por pouco em 2016, é vital para a eleição de 3 de novembro.