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Blinken se reúne com família de jornalista morta na Cisjordânia

27 jul 2022 - 20h03
(atualizado às 20h09)
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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, se reuniu na última terça-feira (26), em Washington, com a família da jornalista palestina Shireen Abu Akleh, assassinada em 11 de maio em Jenin, na Cisjordânia.

Blinken se reúne com família de jornalista morta na Cisjordânia
Blinken se reúne com família de jornalista morta na Cisjordânia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Em publicação no Twitter, Blinken disse que expressou "suas profundas condolências" e seu "compromisso de perseguir os responsáveis por sua trágica morte". Segundo o norte-americano, o "jornalismo corajoso" de Shireen "lhe rendeu o respeito de todo o mundo".

A família da jornalista, por sua vez, pediu uma investigação "completa, confiável, independente e transparente" sobre o seu assassinato.

Após a reunião, Lina Abu Akleh, sobrinha da jornalista da Al Jazeera, acusou o governo de Joe Biden de não fazer o suficiente para descobrir a verdade.

"Embora o secretário dos EUA tenha garantido que assumiu alguns compromissos sobre o assassinato de Shireen, ainda estamos esperando para ver se este governo responderá significativamente aos nossos pedidos de justiça", escreveu ela no Twitter.

Além disso, Lina disse que Blinken "comprometeu-se com transparência" em relação ao caso. "Esperamos ser consultados e atualizados a cada passo do caminho", completou.

Durante a reunião, os familiares da repórter palestina também falaram sobre a "importância de um encontro com o presidente Biden".

"Uma reunião com ele demonstrará à nossa família que o caso de Shireen é uma prioridade para esta administração. Como ele não se reuniu conosco em Jerusalém, viemos até Washington. Precisamos que ele tenha notícias nossas diretamente", concluiu Lina.

O crime ocorreu no último dia 11 de maio, quando a repórter - que usava um colete com a palavra "press" ("imprensa") e capacete - cobria uma operação do Exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Um relatório divulgado por Washington e por Israel apontou que não era possível determinar "a origem do disparo", mas que "possivelmente" veio das posições ocupadas por militares israelenses no local e que não se pode afirmar que o disparo foi "proposital".

A análise é oposta a feita pelos palestinos e pelas Nações Unidas que acusam os militares israelenses de atirarem deliberadamente contra o grupo de quatro jornalistas, que estavam identificados por coletes, dentro do campo de refugiados.

Ansa - Brasil
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