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Mundo

Bomba que matou Darya Dugina foi acionada à distância

Filha de filósofo ultranacionalista morreu no último sábado, 20

22 ago 2022 - 07h54
(atualizado às 08h11)
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Investigadores inspecionam cena de atentado contra Darya Dugina
Investigadores inspecionam cena de atentado contra Darya Dugina
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O explosivo instalado no carro da jornalista e analista política Darya Dugina, morta na noite do último sábado, 20, foi acionado à distância, de acordo com informações divulgadas pela polícia da Rússia nesta segunda-feira, 22.

Dugina, 29 anos, era filha do proeminente filósofo Alexander Dugin, considerado pela imprensa ocidental como um dos inspiradores das políticas ultranacionalistas do regime do presidente Vladimir Putin.

"Agora foi confirmado que a bomba no carro de Dugina foi acionada à distância. Provavelmente, o automóvel foi monitorado", disse uma fonte da polícia à agência de notícias estatal Tass.

A analista política dirigia um Toyota Land Cruiser Prado que estava em nome de Dugin e voltava de um festival onde o filósofo havia palestrado. Os dois deveriam viajar no mesmo automóvel, mas, no último instante, Dugin teria decidido ir em um carro separado - existe a suspeita de que ele fosse o verdadeiro alvo do atentado.

O líder da autoproclamada República de Donetsk, Denis Pushilin, acusou a Ucrânia de estar por trás da explosão, mas Kiev nega. "A Ucrânia não tem nada a ver com o homicídio da filha de Dugin", disse Mikhailo Podolyak, principal conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, no último domingo, 21.

A polícia russa abriu uma investigação para apurar o caso. "Se a pista ucraniana for confirmada pelas autoridades competentes, então teremos a confirmação da política de terrorismo de Estado praticada pelo regime de Kiev", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Moscou, Maria Zakharova.

Conselheiro de diversos políticos, Dugin é conhecido por suas opiniões de extrema direita. Nos últimos anos, foi reconhecido pela imprensa ocidental como um dos inspiradores da política externa ultranacionalista de Putin, embora a mídia russa o considere uma figura "marginal".

Em 2014, o filósofo foi demitido da Universidade Estatal de Moscou após ter feito um apelo em defesa do massacre de ucranianos. Dugina, por sua vez, era uma analista política de destaque e defendia a invasão russa à Ucrânia, o que a levou a ser sancionada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

Ansa - Brasil
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