Brasil adia 1º voo de repatriação do Líbano por 'necessidade de medidas adicionais de segurança'
Governo federal adiou o primeiro voo para retirada de brasileiros do Líbano
O governo federal adiou o primeiro voo para retirada de brasileiros do Líbano, que estava programado para deixar o país do Oriente Médio nesta sexta-feira, devido à "necessidade de medidas adicionais de segurança", informou o Palácio do Planalto em comunicado.
"Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia", afirmou o Planalto em nota oficial.
A informação anterior, fornecida pelo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno na quinta-feira, era a de que o primeiro voo de repatriados chegaria a São Paulo na manhã de sábado, com um total de 220 pessoas.
Segundo Damasceno, a intenção do governo federal é trazer ao menos 500 pessoas por semana.
O esforço do governo ocorre depois que Israel começou nesta semana incursões de tropas por terra no sul do Líbano, em área de fronteira, em ataques ao grupo Hezbollah. Antes, durante a semana passada, bombardeios foram feitos na mesma região e em Beirute. Nos ataques, dois adolescentes brasileiros morreram.
Os primeiros brasileiros a serem retirados serão aqueles não residentes no Líbano que estão no país desde o começo dos ataques de Israel, seguidos pelos residentes, com prioridade para idosos, crianças, gestantes, pessoas com deficiências e doentes e mulheres.
O Brasil tem uma comunidade de cerca de 20 mil pessoas vivendo no Líbano. Até agora, cerca de 3 mil manifestaram interesse em sair do país devido aos bombardeios de Israel, de acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.