Brasil comemora suspensão dos testes nucleares da Coreia do Norte
A decisão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, de suspender os testes e a interrupção de lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais foi comemorada pelo governo brasileiro, por meio de nota divulgada no fim da tarde deste sábado (21) pelo Ministério das Relações Exteriores.
Na nota, o Itamaraty informa que espera que a medida reduza o nível de tensão na região e leve à desnuclearização definitiva da Península Coreana e a paz duradoura.
O governo brasileiro espera que a decisão de kim Jong-un reduza nível de tensão - KCNA/DPA/Agência Lusa/direitos reservados
O documento acrescenta que "o governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio do governo norte-coreano de que suspenderá seus testes de mísseis intercontinentais e de armas nucleares, passo necessário para a redução das tensões na região, em conformidade com as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
Em seguida, finaliza: "O governo brasileiro considera positiva a realização dos encontros de alto nível previstos e manifesta sua expectativa de que esses contatos contribuam para o estabelecimento de um efetivo processo negociador que assegure a desnuclearização definitiva da Península Coreana e a paz duradoura".
Os governos da Coreia do Sul, da China, do Reino Unido, da Rússia e dos Estados Unidos também se manifestaram positivamente. Os russos apelaram para que norte-americanos e sul-coreanos respondam com reciprocidade e tomem medidas "adequadas" para conseguir resultados mutuamente aceitáveis nas próximas cúpulas bilaterais.
Pelas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou a decisão da Coreia do Norte de "muito boa notícia" e de "grande progresso" tanto para o país asiático como para o mundo.
No próximo dia 27, está prevista uma reunião entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, na zona militarizada de fronteira entre as duas Coreias. Será o primeiro encontro entre governantes dos dois países em 11 anos.
Até junho deve ocorrer outra reunião de cúpula entre o líder norte-coreano e Trump, a primeira da história entre os líderes de Coreia do Norte e Estados Unidos.