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Mundo

Brasil, México e Colômbia pedem que Venezuela divulgue apuração completa de votos

1 ago 2024 - 19h05
(atualizado às 20h37)
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Os presidentes de Brasil, México e Colômbia pediram nesta quinta-feira que a Venezuela divulgue a apuração detalhada dos votos, em meio a uma disputa sobre o resultado da eleição presidencial, algo que tem causado protestos no país.

O conselho eleitoral da Venezuela proclamou Maduro, que está no poder desde 2013, como vencedor da eleição de 28 de julho, com 51% dos votos.

Mas a oposição afirma que sua contagem de cerca de 90% dos votos mostra seu candidato, Edmundo González, com mais do que o dobro do apoio em relação ao atual mandatário, patamar similar ao de pesquisas independentes que foram conduzidas antes da eleição.

A oposição divulgou atas detalhadas em um website, mas o governo até agora não compartilhou informação alguma além de uma contagem total e nacional dos votos de cada candidato.

Os presidentes de Brasil, Colômbia e México são tradicionalmente mais amigáveis a Maduro e adotaram uma postura neutra sobre a eleição, enquanto países de todo o mundo pedem a divulgação das atas detalhadas. Os EUA afirmaram que o presidente venezuelano deve reconhecer que González venceu.

"Fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação", disseram os países em comunicado, após ligação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Andrés Manuel López Obrador e Gustavo Petro.

Os países afirmaram que os resultados devem ser verificados de forma imparcial, que todos os atores políticos precisam evitar a escalada da violência e que as polêmicas eleitorais devem ser resolvidas pelas instituições.

"Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano", disse o comunicado.

Em resposta às críticas sobre o processo eleitoral, a Venezuela expulsou diplomatas de Argentina e outros cinco países: Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

Caracas e Lima também expulsaram os respectivos diplomatas do outro país após o Peru reconhecer González como presidente-eleito da Venezuela.

Uma fonte disse que Maduro solicitou uma ligação para Lula.

A polêmica eleição levou a protestos mortais. Maduro e seus aliados nas forças armadas denunciam uma suposta tentativa de golpe.

A Human Rights Watch afirmou na quarta-feira que recebeu a informação de 20 mortes ocorridas em manifestações após as eleições.

Os protestos causaram o fechamento de lojas e a interrupção do transporte público na Venezuela, que está envolta a uma longa e profunda crise econômica, com grande inflação. Muitos locais, contudo, estão voltando ao normal nesta quinta-feira.

Importantes figuras do governo, incluindo Maduro, afirmaram que González e a líder oposicionista Maria Corina Machado são responsáveis pelos protestos. Alguns chegaram a pedir suas prisões.

Houve mais de 1.200 detenções de manifestantes, disse Maduro nesta quinta-feira, e o governo tenta efetivar outras mil.

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